HIV: vacinas contra o vírus + Romidepsin podem ser o novo tratamento?

Um estudo promovido por um grupo internacional de cientistas está começando a ter resultados positivos contra o HIV, utilizando vacinas e Romidepsin.

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Um estudo promovido por um grupo internacional de cientistas está começando a ter resultados positivos contra o HIV. Liderado por Beatriz Mothe, do Instituto de Pesquisa sobre Aids IrisCaixa, de Barcelona, Espanha, o experimento, que aconteceu durante três anos, conseguiu eliminar o vírus do organismo de cinco pacientes infectados recentemente e impedir que ele voltasse a se replicar – pelo menos até o momento. A possível terapêutica substitui os antirretrovirais, utilizado diariamente no tratamento atual, por duas vacinas experimentais contra o HIV associadas ao Romidepsin, droga muito utilizado em tratamentos contra o câncer.

Os pesquisadores realizaram o estudo com 24 pacientes, e divulgaram os resultados na Conferência de Retrovírus e Infecções Oportunistas, no último mês, em Seattle, Estados Unidos. Apesar de ter bons resultados, em dez das 15 pessoas que receberam as vacinas e a droga, o vírus voltou rapidamente. Os motivos ainda estão sendo pesquisados.

Os testes

Os testes começaram com todos os participantes, aplicando duas vacinas experimentais, desenvolvidas por cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e utilizando as drogas antirretrovirais, que impedem a evolução do HIV. Dois anos depois, 15 dos 24 pacientes receberam mais uma dose de uma das vacinas e três doses de Romidepsin, que, segundo algumas pesquisas, pode impedir que o vírus de esconda em determinadas células e ressurja rapidamente.

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Em seguida, essas pessoas tomaram mais uma dose da vacina e pararam de tomar os antirretrovirais. Os dez pacientes que tiveram o retorno do vírus recomeçaram o uso dos antirretrovirais, mas os outros cinco não precisaram. Até o momento de apresentação dos resultados, entre os participantes cujo organismo conseguiu controlar o vírus, um já estava há sete meses sem tomar as medicações, outro há seis, o terceiro há 14 semanas, o quarto há 19 e o quinto há 21 semanas.

As vacinas utilizadas no teste são compostas por genes responsáveis pela produção de proteínas que estão presentes em todas as linhagens do HIV. Quando alguma dessas proteínas chega ao sangue, a defesa do organismo ativa as células-T citotóxicas CD8, que reconhecem, atacam e destroem as células infectadas pelo vírus. Já o Romidepsin, faz com que os vírus escondidos “acordem” para também serem atacados pelas células CD8, impedindo, teoricamente, que ele reapareça.

Veja também: ‘Segundo Ministério da Saúde, quase metade dos jovens brasileiros não usa camisinha’

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