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O exame de imagem por tomografia computadorizada (TC) é um dos métodos não-invasivos mais usados para se chegar ao diagnóstico médico, principalmente em casos de suspeita de doenças ósseas, musculares, tumores, lesões e coágulos, além de servir como orientação em procedimentos cirúrgicos, biópsias etc. No entanto, se a TC não for aplicada corretamente, a exposição à radiação pode aumentar o risco no desenvolvimento de câncer. Em pacientes pediátricos, os efeitos do contato prolongado com tomografia podem ser mais danosos.
Tomografia computadorizada em pacientes pediátricos
A fim de investigar e comparar doses de radiação na TC de diversos centros hospitalares, gerais e pediátricos, um grupo de pesquisadores nos Estados Unidos aplicou um estudo com base no banco de dados National Radiology Data Registry. A pesquisa levou em consideração três tipos de TC: imagem do crânio sem contraste, exame de tórax sem contraste e abdome-pélvis com contraste.
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O levantamento foi realizado entre 2016 e 2017 e os resultados foram publicados no início de fevereiro de 2019 no periódico RSNA Radiology. O estudo retrospectivo analisou 239.622 tomografias computadorizadas aplicadas em 519 hospitais. Os participantes tinham idade média de 12 anos (entre 0 e 21 anos).
Resultados
Os pesquisadores concluíram que os níveis de radiação eram significantemente menores em centros pediátricos em comparação com hospitais gerais. As variações radioativas foram menores em todas as TCs de cérebros analisadas em hospitais pediátricos, menores também em 42 de 54 TCs em tórax (78%) e em 48 de 54 (89%) nos exames de abdomen-pelvis nessas instituições de saúde.
O estudo concluiu que os hospitais gerais necessitam rever os níveis de radiação e melhor calibrados para pacientes pediátricos.
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Referências:
- Radiation Dose for Pediatric CT: Comparison of Pediatric versus Adult Imaging Facilities. Keith J. Strauss, Elanchezhian Somasundaram, Debapriya Sengupta, Jennifer R. Marin, and Samuel L. Brady