IM/ACP 2022: 6 dicas para evitar antibióticos de amplo espectro

No ACP 2022, foi discutido o uso de antibióticos em pacientes internados. Confira seis dicas para evitarmos antibióticos de amplo espectro.

Durante o ACP Internal Medicine Meeting 2022, tivemos a oportunidade de revisar vários temas importantes para a prática médica. Em infectologia, foi discutido o uso de antibióticos em pacientes internados. Separamos para vocês seis dicas para evitarmos antibióticos de amplo espectro.

antibióticos

As seis dicas

1) Caso o paciente já use antibióticos com cobertura anaeróbica (como piperacilina-tazobactam e carbapenêmicos), não adicione metronidazol.

2) Use antibiótico menor espectro possível. Neste ponto, é importante saber bem a flora local e ficar atento às oportunidades de descalonar.

3) Não use antibióticos intravenosos quando houver antibióticos orais com boa biodisponibilidade e um paciente com trato gastrotintestinal (TGI) funcionante.

Exemplos de antibióticos orais com boa biodisponibilidade: levofloxacina, moxifloxacina, linezolida, fluconazol, trimetoprima-sulfametoxazol e metronidazol.

Se houver infecção grave ou o TGI não estiver funcionando, deve-se optar pelo antibiótico intravenoso.

4) Não use vancomicina, caso betalactâmico seja uma opção…

Antibióticos betalactâmicos têm melhores resultados para bacteremia por Staphylococcus aureus sensível à meticilina (MSSA) do que vancomicina tanto em termos de resolução da infecção como diminuição da mortalidade. Além disso, a vancomicina tem mais efeitos adversos e seus níveis devem ser monitorados.

5) Menos é mais. Suspenda os antibióticos assim que possível.

Nesta hora, vale ter em mente que poucas infecções têm um curso definido de terapia
(como tuberculose, meningite, endocardite, osteomielite e infecções de próteses articulares). Por outro lado, em caso de infecção do trato urinário, pneumonia, celulite, feridas infectadas, vamos precisar confiar no julgamento clínico. Em geral, as infecções devem ser tratadas por poucos dias após a melhora clínica.

Vale sempre lembrar das exceções para antibióticos de curta duração:

  • Tuberculose;
  • Endocardite (embora cursos de curta duração funcionem em algumas situações);
  • Osteomielite;
  • Outras situações em que o curso ideal da terapia foi claramente definido, como por exemplo meningite criptocócica.

6) Não trate o resultado da cultura, trate o paciente.

Um ponto importante é sempre analisar o porquê a cultura foi solicitada na hora da interpretação. Se o paciente melhorou apesar de não ter sido tratado com antibióticos eficaz para a cultura em questão, o resultado geralmente pode ser desconsiderado.

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