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A asma é uma doença inflamatória heterogênea caracterizada por endótipos que expressam fenótipos e são diferenciados pelas vias fisiopatológicas da doença. Atualmente a doença é dividida em inflamação T2 alta, caracterizada pela presença de eosinófilos e atopia, e a inflamação T2 baixa, em que predomina o padrão não eosinofílico. A diferenciação entre as duas vias é fundamental para utilização das drogas existentes para controle da asma, sobretudo os imunobiológicos.
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O omalizumabe é um anti-IgE e foi o primeiro imunobiológico aprovado para tratamento da asma. Ele é indicado para pacientes acima de 6 anos, com asma moderada a grave, não controlada, e que possuam padrão alérgico. A droga é realizada de forma subcutânea, com intervalos de 2 a 4 semanas, e a dose varia de acordo com o peso e o nível de IgE do paciente. Os efeitos esperados são redução das exacerbações e sintomas, discreta melhora em VEF1 e em qualidade de vida. O mepolizumabe e o reslibumabe são drogas anti-IL5 efetivas em pacientes com asma eosinofílica. Quanto maior a quantidade de eosinófilos, melhor a resposta em redução de exacerbações, sintomas, corticoide oral e qualidade de vida. O reslizumabe ainda não está disponível para uso no Brasil.
O benralizumabe é um anti-IL5R, usado de forma subcutânea a cada 4 semanas também para pacientes com asma grave eosinofílica não controlada. É indicado para pacientes com eosinófilos acima de 300 e também com polipose nasal. O dupilumabe é um anti-IL4R e com efeito inibitório na IL13 utilizado para pacientes com asma T2 alto, eosinofílicos e com quadros de dermatite atópica. Os principais efeitos observados são a redução de exacerbações, na dose de corticoide oral e melhora da qualidade de vida.
O tezepelumabe é utilizado de forma subcutânea a cada 4 semanas para pacientes acima de 12 anos com asma grave. Houve redução das exacerbações, melhora dos sintomas e da função pulmonar mesmo nos pacientes não eosinofílicos.
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Das medicações, o omalizumabe, o mepolizumabe e o dupilumabe são as mais indicadas para crianças e adolescentes com asma eosinofílica alérgica não controlada. Meta-análises recentes indicam boa efetividade no controle da doença, redução dos cursos de corticoide oral e na dose de corticoide inalatório com bom perfil de segurança. Até o momento não existem estudos que comparem uma droga com a outra e a escolha deve ser baseada no perfil do paciente e no fenótipo predominante. Além disso, a resposta ao imunobiológico pode ser avaliada nos primeiros 4 a 6 meses de uso. Se o paciente for responder à terapia, a tendência é manter a medicação por no mínimo um ano, ainda sem período determinado para suspensão. No Brasil, as drogas disponíveis no sistema único de saúde são omalizumabe e o mepolizumabe.
Referências bibliográficas:
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