Ingurgitamento mamário: pesquisadores desenvolvem produto para auxiliar lactantes e profissionais de saúde

Pesquisadores desenvolveram um produto para ajudar as lactantes e profissionais da saúde que atuam no tratamento do ingurgitamento mamário.

Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) desenvolveram um produto para ajudar as lactantes e profissionais da saúde que atuam no tratamento do ingurgitamento mamário. O objetivo é proporcionar conforto e alívio às pacientes. 

Trata-se da “Ordenhadeira Massageadora para o Manejo Clínico do Ingurgitamento Mamário na Lactação”, patenteada em outubro do ano passado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Em termos tecnológicos, a novidade está parcialmente desenvolvida e, com um investimento financeiro razoável, pode ser lançada no mercado brasileiro em breve. É possível utilizar o produto como um sutiã, massageador ou ordenhadeira, separadamente, ou de modo integrado e simultâneo. 

“O ingurgitamento mamário é relativamente comum, mas pode evoluir para uma condição mais grave se não for tratado corretamente, além de ser bastante dolorido em muitos casos. Com a ordenhadeira, queremos auxiliar as lactantes nesse momento tão especial que é a amamentação e ainda colaborar na atuação dos profissionais que trabalham junto às pacientes”, explicou o professor da Escola Politécnica da PUCPR Percy Nohama, que é um dos desenvolvedores do produto, ao lado do professor Marcelo do Carmo Camargo Gaiotto e das pesquisadoras Anita Batista dos Santos Heberle, egressa da graduação e mestrado da instituição, Mariana Pereira Margato e Cristina do Carmo Lucio, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

ingurgitamento mamário

Diferenciais do produto 

Entre os principais diferenciais da invenção se destacam: 

  • Tecnologia adicional ao tratamento do ingurgitamento mamário puerperal;
  • Integração entre massagem e ordenha eletromecânicas;
  • Ergonomia que facilita as lactantes e os profissionais de saúde envolvidos;
  • Formato anatômico, composto por alças largas com ombreira. Fabricado em Neoprene, facilita a higienização e se ajusta melhor ao corpo da mulher;
  • Materiais flexíveis, confortáveis, de baixa toxicidade e resistentes à corrosão, além de isolantes térmicos.

Ingurgitamento mamário 

“Fico contente com o olhar da ciência para um dos desafios mais comuns da lactação. Uma tecnologia adicional para facilitar o manejo do ingurgitamento é sempre bem-vindo, mas vale ressaltar que estamos falando de um facilitador e que não deixa de necessitar do manejo clínico de um profissional da saúde habilidoso e experiente com a lactação”, destacou a enfermeira especialista em saúde materno infantil com enfoque em aleitamento materno, Yamê Alves, que também é mestranda em enfermagem pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), em entrevista ao Portal de Notícias PEBMED. 

Para a especialista em aleitamento materno, a informação é a principal ferramenta da mulher para que ela procure auxílio no manejo das mamas ingurgitadas e intervenha antes de complicações que possam aparecer, como mastites e abcessos. 

“A massagem, no caso do aparelho, visa mobilizar a região ocasionando uma vasodilatação e redução do edema, porém para as mulheres que não têm ao seu alcance tais mecanismos, a massagem e a ordenha manual são ainda de grande valia para o manejo”, pontuou a enfermeira Yamê Alves. 

O ingurgitamento mamário afeta a amamentação e pode causar o desmame precoce. A literatura médica apresenta técnicas de tratamento do ingurgitamento, entretanto há conflitos quanto à melhor terapêutica. 

A condição pode ocorrer em qualquer fase da amamentação, apesar de ser mais frequente nos primeiros dias após o parto. Dentre as causas, estão o manejo inadequado da amamentação, o atraso no início da amamentação, o uso de suplementos e a sucção ineficaz pelo bebê. 

Assim que surgirem os primeiros sintomas devem ser iniciadas as massagens suaves e a ordenha manual ou com bomba eletromecânica. Para prevenir o problema, a principal orientação é deixar o bebê mamar em livre demanda.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED  

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