Insônia não deve ser encarada como normal em idosos

Um trabalho divulgado por pesquisadores da Universidade de Michigan em 2017 mostra como idosos encaram a insônia e o impacto em suas vidas.

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Um trabalho divulgado por pesquisadores da Universidade de Michigan em 2017 mostra como idosos encaram a insônia e o impacto em suas vidas. Foi perguntado se possuíam prejuízo do sono, o que eles achavam que era a causa e como lidavam com isso.

Quando perguntados se tinham problemas regulares para dormir, 46% afirmaram que sim, sendo que 15% possuiam problemas para dormir em três ou mais noites por semana. Quando perguntados sobre o que consideram a principal razão de sua dificuldade de dormir, metade afirmou que atribuíam às idas ao banheiro na madrugada (o que geralmente ocorre quando há incontinência urinaria e hiperplasia prostática benigna, situações passíveis de tratamento).

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Embora apenas 54% dos pacientes considerem que a insônia é algo que deva ser discutido com seu médico, mesmo dentro desse grupo 62% disseram que o médico conseguiu ajudá-lo (31% receberam conselhos que não foram úteis e 7% nenhum conselho).

Foi relatado que idosos comumente não informam a seus médicos sobre as dificuldades para dormir, mas pensam que é uma característica do envelhecimento e não algo do qual podem se queixar e ser ajudados.

Dentre os pacientes com problemas para dormir por três ou mais vezes por semana, 60% fazem uso de medicação para dormir. São usados:

  • Analgésicos
  • Fitoterápicos
  • Indutores do sono
  • Fórmulas não prescritas, como anti-histamínicos (essas sim as mais usadas)

O prejuízo do sono em idosos aumenta a chance de déficit cognitivo e queda, situações que pioram ainda mais a qualidade de vida dessa população. O médico assistente deve estar atento e perguntar ao paciente sobre seu sono, sua qualidade de vida e pensar em como atuar na causa do problema, evitando a polifarmácia. Pacientes devem ser orientados sobre riscos de medicações sem prescrição e encorajados a realizar higiene do sono.

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