Insuficiência Cardíaca Aguda: quais exames são usados na avaliação?

Nessa semana, falamos sobre o momento certo de dar alta a um paciente com insuficiência cardíaca. Por isso, trazemos a abordagem diagnóstica complementar.

Nessa semana, falamos sobre o momento certo de dar alta a um paciente com insuficiência cardíaca descompensada. Por isso, na nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, trazemos a abordagem diagnóstica complementar da insuficiência cardíaca aguda.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Abordagem Diagnóstica Complementar na Insuficiência Cardíaca Aguda

Diante de um paciente com insuficiência cardíaca aguda, seja “nova” ou crônica agudizada, a solicitação e realização de exames complementares não deve retardar o início do tratamento. Exames complementares, no entanto, estão indicados para identificação do(s) fator(es) precipitante(s) e manejo terapêutico do quadro agudo.

Exames indicados de rotina: Hemograma completo, função renal e eletrólitos, gasometria arterial, lactato, marcadores de necrose miocárdica (troponina, CK-MB), peptídeo natriurético tipo-B e/ou N-terminal proBNP, proteína C-reativa, eletrocardiograma, radiografia de tórax e ecocardiograma.

Radiografia de Tórax:

  • Objetivo: Avaliar a presença de congestão pulmonar, edema agudo de pulmão e cardiomegalia.
  • Indicações: Indicado em todos os pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca.
  • Importância na decisão clínica: No quadro agudo, pode avaliar o quadro de congestão pulmonar e guiar o tratamento. Pode também sugerir um diagnóstico alternativo ou concomitante, como infecção pulmonar e doença pulmonar obstrutiva crônica descompensada.

Eletrocardiograma:

  • Objetivo: Avaliar a presença de sinais isquêmicos, aumentos cavitários, bloqueios de condução e arritmias pricipitantes.
  • Indicações: Deve ser solicitado em todo pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca aguda e no edema agudo de pulmão para avaliação de causa isquêmica.
  • Importância na decisão clínica: Inespecífico para insuficiência cardíaca, porém pode ajudar na determinação etiológica. Pode exibir sinais de isquemia aguda (como supra de ST e inversão de onda T), sinais de necrose (zona de inatividade elétrica), aumentos cavitários (sendo a sobrecarga atrial esquerda a alteração mais sensível) e pode evidenciar arritmias como precipitantes. A presença de bloqueio de ramo esquerdo é forte marcador de função ventricular esquerda comprometida.

Ecocardiograma:

  • Objetivo: Avaliar a função ventricular sistólica e diastólica, presença de déficit segmentar, doenças orovalvares, aumentos cavitários, estimar pressões de enchimento e pressão sistólica de artéria pulmonar, bem como avaliar o estado volêmico no quadro agudo.
  • Indicações: Indicado na avaliação inicial de pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca e nos quadros de descompensação para avaliação evolutiva e resposta terapêutica.
  • Importância na decisão clínica: Capacidade de diferenciar a insuficiência cardíaca em sistólica ou diastólica, o que determina terapêuticas distintas. Capacidade de avaliar estado volêmico no manejo terapêutico do paciente com IC descompensada.

Cateter de Swan-Ganz:

  • Indicações: Não é indicado para uso de rotina. Sua indicação é restrita a pacientes com IC aguda e sintomas persistentes apesar do tratamento empírico e/ou quando o padrão hemodinâmico é incerto. Também indicado nas seguintes situações: Piora da função renal com o tratamento; Necessidade de agentes vasoativos; Considerado o uso de mecanismo avançados de assistência ventricular ou transplante pode ser requisitado.
  • Objetivo e Achados: Estimar a pressão capilar pulmonar, pela pressão de oclusão da artéria pulmonar (POAP), sendo o valor ≥ 18 mmHg favorável a edema pulmonar cardiogênico. Porém uma POAP elevada não exclui a possibilidade de edema pulmonar não-cardiogênico, visto que cerca de 20% dos pacientes com síndrome da angústia respiratória aguda (edema pulmonar não-cardiogênico) também tenham disfunção ventricular falseando a medida (falso-positivo). Falso-negativos também não são incomuns, caso a medida da POAP seja realizada após melhora da função ventricular, por exemplo, a mesma pode ser subestimada, como nos casos isquêmicos já revertidos.
  • Importância na decisão clínica: O uso do cateter de Swan-Ganz é cada vez menor dadas as limitações apresentadas, porém quando sua informação é bem usada, pode auxiliar nos casos duvidosos.

Angiocoronariografia:

  • Indicações: Sua indicação na insuficiência cardíaca aguda está relacionada a presença de síndrome coronariana aguda bem documentada, havendo benefício em proceder com a angiocoronariografia e angioplastia, caso identificado lesão condizente.
  • Objetivo: Evidenciar placas ateroscleróticas abordáveis em coronárias cuja angioplastia possa reverter isquemia e melhorar a função ventricular.
  • Importância na decisão clínica: A revascularização, na presença de síndrome coronariana aguda e disfunção sistólica, pode melhorar a função ventricular, e deve ser realizada precocemente e com urgência.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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