Já conhece a nova classificação das crises convulsivas?

O ano começa com a nova classificação de crises convulsivas desenvolvida por uma força-tarefa da ILAE e divulgada no final de 2016.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

O ano começa com a nova classificação de crises convulsivas desenvolvida por uma força-tarefa da International League Against Epilepsy (ILAE) e divulgada no final de 2016. Foram várias as motivações para a mudança: alguns tipos de crise (por exemplo, crises tônicas ou espasmos epilépticos) podem ter um início tanto focal quanto generalizado; a falta de conhecimento sobre o início de uma crise tornava impossível sua classificação no sistema de 1981; a necessidade da consciência (ou responsividade) não ser o único descritor de uma crise focal, apesar de ainda permanecer como um importante classificador para a mesma; alguns termos de uso corrente não são bem aceitos ou entendidos pelo público (por exemplo: “psíquico”, “parcial”, “parcial simples”, “parcial complexa” e “discognitiva”); e, por fim, alguns tipos importantes de crise não eram contemplados na classificação anterior.

O que muda com a nova classificação:

  1. “Parcial” torna-se “focal”.
  2. Certas crises podem ser tanto focais, generalizadas ou de início desconhecido.
  3. Crises de início desconhecido podem ser classificadas.
  4. A consciência é usada como um classificador para crises focais.
  5. Os termos “discognitivo”, “parcial simples”, “psíquica” e “secundariamente generalizada” foram eliminados.
  6. Crises focais tônica, clônica, atônica, mioclônica e espasmos epilépticos são reconhecidos, bem como a versão bilateral desses tipos de crise.
  7. Foram adicionados novos tipos de crise generalizada: ausência com mioclonia de pálpebras, ausência mioclônica, mioclônica-atônica, clônicatônica-clônica, espasmos epilépticos.

A figura abaixo mostra as versões originais, básica e expandida, da nova classificação operacional dos tipos de crise convulsiva da ILAE.

Segue abaixo uma tradução livre de alguns exemplos listados pela força-tarefa de como utilizar a nova classificação para renomear os diferentes tipos de crise convulsiva:

Mais da autora: ‘Síndrome das Pernas Inquietas: você sabe como tratar?’

Com o intuito de estimular uma linguagem comum, o documento original também apresenta uma lista de descritores dos comportamentos frequentemente observados durante as crises, um glossário de todos os termos ali utilizados e uma orientação para a classificação de cada um dos tipos de crise com exemplos.

O trabalho da força-tarefa contou com sugestões de comunidades envolvidas com o tema. Fato que se reflete no principal objetivo da nova classificação, como repetido em vários trechos do documento: permitir maior transparência e universalização da linguagem em se tratando se crises convulsivas, não apenas entre profissionais de saúde, mas entre todos aqueles de algum modo relacionados com o assunto e com os pacientes.

As melhores condutas médicas você encontra no Whitebook. Baixe o aplicativo #1 dos médicos brasileiros. Clique aqui!

Referência:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.