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A limitação de danos aos órgãos é um dos principais objetivos do tratamento do lúpus eritematoso sistêmico (LES). Em novo artigo da Arthritis & Rheumatology, pesquisadores analisaram como diferentes níveis de atividade da doença podem reduzir ou aumentar as taxas de sequelas aos órgãos a longo prazo. Os resultados foram publicados no final de maio.
Para isso, os autores do estudo analisaram os dados de 1.356 pacientes com LES da Hopkins Lupus Cohort, seguidos trimestralmente de 1987 a 2016 (follow-up total de 77,105 meses). Três medidas de desfecho foram consideradas: remissão clínica sem tratamento, remissão clínica em tratamento e estado de baixa atividade lúpica da doença (LLDAS).
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Atividade do lúpus
Os pacientes alcançaram o LLDAS em 50% dos meses. A remissão clínica sem tratamento e em tratamento foram atingidas em 13% e 27%, respectivamente. As taxas de dano / sequelas aos órgãos diminuíram com qualquer aumento no tempo de remissão ou LLDAS. Para pacientes que estiveram em remissão clínica em tratamento, mesmo por uma pequena porcentagem de tempo (< 25%), a taxa para novos danos foi de 0,54 (0,44 a 0,67; p < 0,0001). Os pacientes que atingiram o LLDAS por, pelo menos, 50% do tempo apresentaram taxas de dano relativamente baixas (0,39 a 0,47; p <0,0001).
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que:
- O estado de baixa atividade lúpica da doença (LLDAS) é um alvo mais fácil de atingir do que a remissão clínica em tratamento e resulta em redução do risco de danos a longo prazo.
- Mesmo uma pequena porcentagem de tempo na remissão clínica em tratamento foi associada a danos reduzidos.
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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Petri, M. and Magder, L. S. (2018), Comparison of Remission and Lupus Low Disease Activity State in Damage Prevention in a United States Systemic Lupus Erythematosus Cohort. Arthritis Rheumatol. Accepted Author Manuscript. . doi:10.1002/art.40571