Lisinopril e carvedilol não previnem cardiotoxicidade pelo trastuzumabe no Ca Mama || Congresso ACC 2018

Estudo apresentado no Congresso ACC 2018 demonstrou que lisinopril e carvedilol não são melhores do que placebo na prevenção de cardiotoxicidade pelo trastuzumabe no câncer de mama.

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Um estudo apresentado essa semana no Congresso Anual do American College of Cardiology (ACC) 2018 demonstrou que lisinopril e carvedilol não são melhores do que placebo na prevenção de cardiotoxicidade pelo trastuzumabe no câncer de mama.

Para chegar nessa conclusão, pesquisadores realizaram um estudo randomizado de 468 pacientes (idade média = 50 anos; 50% dos sexo feminino) com câncer de mama submetidos à quimioterapia com trastuzumabe. Os participantes foram estratificados de acordo com o tratamento com antraciclinas e randomizados para lisinopril versus carvedilol versus placebo. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foi de 63% no baseline.

O follow-up foi de 12 meses. O desfecho primário foi a diminuição da FEVE > 10%; e o secundário foi interrupção do trastuzumabe.

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O desfecho primário ocorreu em 30% do grupo lisinopril versus 29% do grupo carvedilol versus 32% do grupo placebo (p = não significativo). Entre os que receberam antraciclinas, a redução foi de FEVE > 10% em 37% do grupo lisinopril versus 31% do grupo carvedilol versus 47% do grupo placebo (p = 0,009).

Não foram observadas diferenças no desfechos secundários entre os grupos de tratamento.

Pelos achados, os pesquisadores concluíram que, entre os pacientes com câncer de mama submetidos à quimioterapia com trastuzumabe, lisinopril e carvedilol não foram efetivos na prevenção da cardiotoxicidade em comparação com o placebo. Os fármacos pareceram efetivos apenas nos indivíduos tratados com antraciclinas.

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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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