Manejo da sepse no paciente cirrótico: quais são as particularidades?

A sepse é uma das intercorrências mais conhecidas entre os médicos e quase nenhuma especialidade escapa de se deparar com ela em algum momento.

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A sepse é uma das intercorrências mais conhecidas entre os médicos e quase nenhuma especialidade escapa de se deparar com ela em algum momento. Em cuidados intensivos, então, ela é ainda mais comum devido às características de um paciente crítico: imunossupressão, invasão por diversos dispositivos, procedimentos e outros elementos que aumentam o risco de infecção.

Várias comorbidades podem agravar ainda mais o quadro, como as doenças crônico degenerativas e as disfunções orgânicas crônicas como a insuficiência cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica. Porém, uma delas é um problema à parte na sepse por diversos motivos: a cirrose/insuficiência hepática.

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Todo médico que lida com esse perfil de pacientes sabe o quanto eles são propícios não só a infecções, mas várias outras complicações que dificultam muito o manejo. No caso da sepse, especificamente, a presença de cirrose pode ser um fator de confusão importante, já que a hepatopatia pode, por si só, alterar vários parâmetros que, em outros pacientes, seriam atribuídos à sepse.

Um paciente hepatopata pode, por exemplo, ser naturalmente hipotenso e apresentar certo grau de disfunção renal atribuída à síndrome hepatorrenal, além de apresentar níveis séricos de lactato (um importante elemento no acompanhamento da sepse) aumentados por baixa depuração. Logo, em um paciente com cirrose que está séptico, até que ponto essas alterações são de uma condição ou da outra?

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Além disso, várias outras alterações metabólicas comprometem o manejo intensivo desses pacientes como a tendência ao desbalanço glicêmico (tanto para hiper quanto hipoglicemia) e a menor depuração de determinadas drogas.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Hepatologia, em seu Manual de Cuidados Intensivos em Hepatologia (2ª edição) dedicou uma seção exclusivamente para discutir as particularidades do paciente cirrótico em um contexto de sepse.

É importante lembrar que a definição de sepse é a mesma, independente das comorbidades do paciente, e o diagnóstico deve se basear nos protocolos institucionais de seu local de trabalho.

Quer saber mais sobre? Foi para isso que resumimos esse texto no fluxograma a seguir (você pode clicar na imagem para ver em um tamanho maior e fazer o download).

fluxo sepse

 

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