Medicina do Trabalho: avanços, desafios e oportunidades

A medicina do trabalho é uma área que tem crescido. O avanço do diagnóstico diferencial permite identificar doenças relacionadas à atividade ocupacional.

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A medicina do trabalho é uma área que vem crescendo nos últimos anos. O avanço do diagnóstico diferencial permite identificar doenças relacionadas à atividade ocupacional.

Outro grande avanço relacionado à medicina do trabalho está na tecnologia: sistemas e plataformas que possibilitam recolher e analisar uma grande quantidade de informações, gerando relatórios e perfis de análise bastante sofisticados e de forma relativamente rápida e simples. Isso facilita não apenas a gestão da saúde, mas também o acompanhamento minucioso e mesmo preditivo das condições do ambiente de trabalho.

Como se destacar no mercado

A Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) elaborou a publicação “Competências essenciais requeridas para o exercício da Medicina do Trabalho”.  Gualter Nunes, diretor da ANAMT e também presidente da ABMT (Associação Brasileira de Medicina do Trabalho), ressalta a importância de algumas características importantes para quem quiser se destacar dentro da área. Dentre elas, destacam-se possuir competências gerenciais e analíticas, como análise e gerenciamento de informações e análise de processos de trabalho.

“A medicina do trabalho possui muitas interfaces com normas trabalhistas e previdenciárias. Portanto, é fundamental ter conhecimento e facilidade de interpretação da legislação e de suas constantes atualizações. Além destas, naturalmente, está a competência de medicina clínica para promover a saúde, identificar patologias e acompanhar o tratamento adequado aos trabalhadores”, diz Gualter Nunes.

Principais desafios

Uma das particularidades do médico do trabalho é que ele não atua em hospital ou em um consultório tradicional, mas sim dentro de empresas. Então, além de ser um bom médico, é preciso ser um bom gestor.

Por exemplo: na construção de programas de intervenção, o médico do trabalho deve ter domínio de todas as etapas, desde o levantamento de custos até a análise de resultados. Além, é claro, do conhecimento científico que vai embasar os programas de saúde.

“Naturalmente, a relação médico-paciente é fundamental, mas também é importante saber se comunicar com os seus superiores hierárquicos na empresa. Isso é essencial para apresentar, defender os programas de saúde e propor mudanças do ambiente de trabalho em prol da saúde dos trabalhadores, mesmo que isso influencie os modelos de produção”, pontua Gualter Nunes.

Potencial de crescimento

O crescimento da medicina do trabalho depende de alguns fatores. Um deles é o nível de empregabilidade da população, uma vez que quando há mais trabalhadores atuando é preciso de mais médicos do trabalho.

A economia também tem grande influência, pois quanto mais empresas no país, maior será a demanda por essa categoria. O aumento da conscientização sobre a importância de preservar a saúde do trabalhador também traz mais perspectivas para a área.

Principais oportunidades

Nos últimos anos, o Brasil passou por grandes mudanças trabalhistas, que abriram a possibilidade do médico do trabalho desenvolver consultorias voltadas para a saúde do trabalhador para diferentes empresas, aplicando o seu conhecimento em saúde ocupacional em empreendimentos próprios.

Média salarial

A remuneração média varia de R$ 6 mil a R$ 25 mil.

Conquistas da ANAMT

Segundo a entidade, existem de 10 a 15 mil profissionais atuando profissionalmente como médicos do trabalho no país.

A ANAMT tem o papel principal de valorizar a especialidade diante da sociedade e ampliar o conhecimento e a atualização dos especialistas. Para isso, a instituição organiza diversos eventos em todas as regiões do país para a formação e a atualização médica, além de disponibilizar conteúdos online para os profissionais.

A ANAMT é referência de conhecimento técnico-científico na área de saúde ocupacional e representa a classe dos especialistas na relação com outras entidades, como órgãos legislativos, previdenciário e de justiça trabalhista, além de outras associações de classe que têm interface com a atuação da medicina do trabalho.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

 

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