Tempo de leitura: 2 min.
Primariamente, a observação direta dos vários tipos de parasitas intestinais pode ser feita por meio de alguns métodos de rotina utilizados para a pesquisa de protozoários (cistos, oocistos e trofozoítos) e helmintos (ovos e larvas).
A análise microscópica de preparações “a fresco” de fezes, aliada a um método de concentração (ex.: Hoffman, Faust, Willis etc.) e de coloração permanente (ex.: Hematoxilina Férrica, Tricomo de Wheatley), é suficiente para o diagnóstico da maioria das parasitoses humanas. Portanto, com algumas variações, é o mínimo recomendado para uma pesquisa inicial desses patógenos, no exame parasitológico de fezes (EPF).
Entretanto, para a identificação de alguns tipos de parasitas intestinais e de suas formas evolutivas, é necessário o emprego de técnicas especiais específicas, já que os métodos de rotina empregados pelos laboratórios clínicos podem não ser capazes de recuperá-los satisfatoriamente.
A metodologia original, descrita em 1917 por Baermann, foi concebida para a pesquisa de larvas de nematoides no solo. Posteriormente modificada e adaptada por Moraes para o uso em fezes humanas, passou a ser chamada de Baermann-Moraes. Já em 1954, Rugai, Mattos e Brisola simplificaram ainda mais a técnica de Baermann-Moraes, tornando-se uma variante dela.
Ambas as técnicas são fundamentadas no princípio do termohidrotropismo positivo das larvas dos nematódeos, como a dos ancilostomídeos (Necator americanus e Ancilostoma duodenale) e do Strongyloides stercoralis. O princípio leva em consideração que as larvas dos nematódeos são atraídas por temperaturas mais “mornas” (até um certo limite) e pela água (umidade), migrando ativa e facilmente para esses locais, sedimentando-se no fundo do recipiente utilizado (“cálice de sedimentação”) pela força gravitacional.
Para a maioria das parasitoses humanas, as metodologias e procedimentos empregados de rotina são satisfatórias para o diagnóstico etiológico dessas patologias. Quando da suspeita de determinados agentes, no caso para a pesquisa de larvas do Strongyloides stercoralis (causador da Estrongiloidíase) e de ancilostomídeos, se faz necessária a especificação explícita dessa suspeita diagnóstica (ou dos métodos) no pedido médico.
Dessa forma, o laboratório clínico pode lançar mão de vários recursos especiais, realizando os procedimentos mais adequados para a identificação do patógeno, aumentando de sobremaneira a probabilidade do diagnóstico.
Referências Bibliográficas:
Monkeypox e Epididimite são os novos conteúdos do Whitebook. Confira a lista completa com os…
Neste artigo, veja em detalhes o que os estudos recentes têm apontado acerca dos cuidados…
Neste estudo, confira se a esterilização a vapor de uso imediato aumenta as chances de…
A doença hepática pode ser causada por uma deficiência de alfa-1-antitripsina (A1AT). Conheça estudo sobre…
Estudo concluiu que o probiótico reduziu o risco geral de diarreia em crianças durante e…
A indução de parto é uma forma de produzir trabalho de parto de forma artificial…