Ministério da Saúde assina contratos com Pfizer e Janssen para 138 milhões de doses de vacinas

O Ministério da Saúde assinou ontem, 19, os contratos para fornecimento de vacinas contra a Covid-19 com as farmacêuticas Pfizer e Janssen.

O Ministério da Saúde assinou ontem, 19, os contratos para fornecimento de vacinas contra a Covid-19 com as farmacêuticas Pfizer e Janssen. Ao todo, 138 milhões de doses serão entregues ao Brasil até dezembro, sendo 100 milhões da vacina de mRNA desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech e 38 milhões da Ad26.COV2.S, desenvolvida pela Janssen-Cilag, divisão da Johnson & Johnson.

Apesar da grande quantidade, a maior parte das doses serão entregues apenas nos terceiro e quarto trimestres. Até junho, a Pfizer entregará 13,5 milhões, enquanto o restante deverá chegar no país até setembro. Já o contrato da Janssen prevê a entrega das 38 milhões de doses de agosto a novembro deste ano.

Segundo o Governo, o país garantiu mais de 562 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 até o fim de 2021. Além dos novos contratos, os imunizantes que estarão disponíveis para distribuição no Brasil são os da AstraZeneca/Oxford (Fiocruz), do Instituto Butantan, do consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS) – Covax Facility -, da Precisa/Bharat Biotech (vacina Covaxin) e da União Química/Gamaleya (vacina Sputnik V).

mão de médico segurando dose de vacinas contra a Covid-19, como Pfizer ou Janssen

Vacinas da Pfizer e Janssen

As vacinas da Pfizer e da Janssen tiveram estudos de fase 3 realizados no Brasil. Seus diferenciais das demais vacinas fornecidas são: a tecnologia de RNA mensageiro utilizada pela primeira vez, na vacina da Pfizer, que garante a eficácia de cerca de 95%; e o fato de só precisar ser aplicada uma dose, no caso da Janssen.

Leia também: Vacinas baseadas em mRNA em pacientes com comorbidades: SIM ou NÃO?

A vacina da Pfizer é baseada em mRNA, que utiliza RNA mensageiro sintético, auxiliando o organismo a gerar anticorpos. A tecnologia de mRNA permite que a vacina seja desenvolvida em menos tempo que as demais e é administrada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.

Já o imunizante da Janssen é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S (Spike) do SARS-CoV-2.

Porém, para o imunizante de mRNA é necessário estar atento a algumas contraindicações a mais quando comparada a outras vacinas. Pessoas com histórico de alergia grave (anafilaxia) por algum medicamento ou doença não devem receber a vacina. Porém, outras comorbidades não foram associadas, pelo menos até o momento, à vacina, por isso esses pacientes, desde que acima de 16 anos, podem ser imunizados.

Aprovação no Brasil

A vacina da Pfizer já possui registro no país, aprovação realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 23. Sendo assim, após a chegada do imunizante ao país, ele pode ser imediatamente distribuído para as cidades.

A vacina da Janssen ainda não tem aprovação no país. Porém, já foi aprovada pela OMS para uso emergencial.

Montamos um infográfico reunindo as principais informações das vacinas de mRNA. Baixe grátis!

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.