Ministério da Saúde recomenda amamentação durante imunização de crianças, para redução da dor

O Ministério da Saúde recomendou a amamentação durante a aplicação de vacinas injetáveis em crianças para alívio da dor e redução de estresse. 

No último dia 14 de outubro, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica considerando o ato de amamentar, durante o procedimento de administração de vacinas injetáveis em crianças, como uma medida não farmacológica de alívio da dor e redução de estresse. 

O documento compila dados descritos em estudos sobre o caráter doloroso da administração de vacinas injetáveis em crianças, os impactos que tal experiência dolorosa pode provocar a curto e longo prazo para a criança, o anseio dos pais em reduzir a dor e o desconforto nesse momento.

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amamentação

Evidências para a recomendação

Pesquisas identificaram que amamentar antes de procedimentos que utilizam agulha, pode aliviar a ansiedade e o medo, através da saciedade do bebê, e promover calma e tranquilidade. 

Quando essa prática é realizada durante o procedimento, alguns mecanismos estão envolvidos na redução da dor: o colo, contato físico, som e cheiro da mãe promovem sensação de acolhimento e segurança; movimentos de sucção são prazerosos e aliviam o estresse; ingestão de açúcares, opiáceos endógenos e outras substâncias presentes no leite materno que também tem efeitos no alívio da dor. Além disso, um estudo demonstrou que durante a amamentação, ocorre uma ativação cortical generalizada no bebê, que reduz a percepção de dor. 

Com base em evidências científicas sobre os efeitos analgésicos da amamentação, o documento recomenda que as unidades de saúde que realizam administração de imunobiológicos injetáveis: 

  • Permitam que os pais ou responsáveis acompanham a criança durante e após a vacinação;
  • Estimulem que crianças sejam amamentadas antes e durante o procedimento;
  • Realizem administração de imunobiológicos orais, e após estimulem a amamentação antes e durante a administração de vacinas injetáveis, caso a criança tenha que receber vacinas pelas duas vias em uma mesma visita no serviço de saúde. 

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Referências bibliográficas:

  • Brasil. NOTA TÉCNICA Nº 39/2021-COCAM/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS. Ministério da Saúde. Dispões sobre amamentação como medida não farmacológica para redução da dor durante a administração de vacinas injetáveis em crianças. 2021.
  • Harrison D, Reszel J, Bueno M, Sampson M, Shah VS, Taddio A, Larocque C, Turner L. Breastfeeding for procedural pain in infants beyond the neonatal period. Cochrane Database of Systematic Reviews 2016. 
  • Centers for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases. Hamborsky J, Kroger A, Wolfe S, eds. 13th ed. Washington D.C. Public Health Foundation, November 2020.

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