Mulher dá a luz a nove bebês em Marrocos

Em Marrocos, uma mulher de 25 anos deu à luz a nove bebês, cinco meninas e quatro meninos, dois a mais do que a equipe médica estimava.

Neste mês de maio de 2021, tivemos um novo recorde: em Marrocos, uma mulher de 25 anos deu à luz a nove bebês, cinco meninas e quatro meninos, dois a mais do que a equipe médica estimou durante o pré-natal.

Uma equipe de 10 médicos e 25 paramédicos esteve envolvido na cesariana. Os bebês prematuros nasceram com 30 semanas, e pesaram cada um cerca de 450 a  900 gramas e, segundo a equipe pediátrica neonatal, permanecerão internados por pelo menos mais 2 meses.

A gravidez da jovem Cisse se tornou uma história popular na Republica de Mali, país de origem da paciente, quando os obstetras pensaram que ela estava gestante de sete bebês.

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Ainda não se sabe se a causa da multigemelaridade está relacionada a uso de indutores ovulatórios ou outros tratamentos de fertilidade.

A paciente permaneceu internada por 2 semanas no Hospital de Mali, e em seguida foi transferida para Marrocos, onde permaneceu internada por mais 5 semanas. A cesariana foi realizada após sintomas de trabalho de parto prematuro.

Mulher dá a luz a nove bebês em Marrocos

História de casos

Gestações múltiplas de nove bebês já haviam sido descritas anteriormente, uma em 1971 na Austrália, e outra na Malásia em 1999, porém infelizmente, os bebês não sobreviveram, como desta vez na história de Cisse. Em 2009, Nadya Suleman deu a luz a óctuplos na Califórnia e detém o recorde mundial do Guinness para o maior número de crianças nascidas com um único nascimento que sobreviveram, de acordo com a The Associated Press . As crianças — seis meninos e duas meninas — estão agora com 12 anos.

Riscos

Gestações múltiplas são consideradas eventos raros, que agregam riscos tanto fetais quanto maternos. O Comitê do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) considera a possibilidade  da redução da gravidez multifetal em casos selecionados: trigemelar ou mais, gemelaridade dicoriônica e diamniótica em mulheres com severas comorbidades entre outras.

O ACOG considera que ginecologistas obstetras devem individualizar cada caso, respeitar a autonomia dos pacientes em relação a continuar ou reduzir uma gravidez multifetal e que apenas o o paciente pode pesar a importância relativa dos fatores médicos, éticos, religiosos e socioeconômicos e determinar o melhor curso de ação para sua situação única.

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Por enquanto, no Brasil e outros países que possuem legislação rigorosas em relação ao aborto e autonomia da mulher, a possibilidade de redução da gravidez multifetal torna-se ainda mais restrita.

Referências bibliográficas:

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