Nivolumabe e pembrolizumabe são incorporados ao SUS para tratamento de melanoma

Nivolumabe e pembrolizumabe, dois medicamentos imunoterápicos, foram incorporados ao SUS para o tratamento do câncer de pele do tipo melanoma.

Nivolumabe e pembrolizumabe, dois medicamentos imunoterápicos, foram incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento do câncer de pele do tipo melanoma, em estágio avançado não cirúrgico e metastático, conforme o modelo da assistência oncológica.

O Relatório de Recomendação da Comissão da Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) trouxe as análises das evidências, como a alta eficácia e a segurança dos medicamentos, o que justificaram a incorporação.

Assinada pelo Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti Neto, a incorporação dos tratamentos representa um grande ganho para pacientes que enfrentam a doença.

“A imunoterapia tem revolucionado o tratamento oncológico, por ter alta eficácia, especialmente para casos de melanoma metastático. Trabalhamos para disponibilizar no SUS justamente os tratamentos mais efetivos e baseados nas melhores evidências disponíveis”, afirmou o secretário.

Esses medicamentos serão incluídos na Diretriz Diagnóstica e Terapêutica (DDT) para melanoma cutâneo, e ofertados conforme a orientação do documento.

Conquista inédita

Segundo o portal da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), “essa conquista inédita abre caminho para que hospitais públicos em todo o país finalmente possam tratar de forma efetiva e segura os pacientes que, até então, só contavam com a quimioterapia com Dacarbazina para combater um dos tumores mais agressivos”.

“A quimioterapia praticada no SUS não só é pouco ou nada eficaz contra o melanoma avançado como prejudica consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes. Agora, um importante avanço da ciência oncológica, já disponível a poucos pacientes, pode chegar à população brasileira de forma mais justa”, comemora o vice-presidente para Ensino da Oncologia da SBOC, Rodrigo Ramella Munhoz.

Já a presidente da SBOC, Clarissa Mathias, classificou a conquista como resultado da atuação institucional da entidade ao longo dos anos.

“É isso que acontece quando damos continuidade a processos históricos de defesa da oncologia clínica, cuidando daquilo que foi iniciado por diretorias anteriores e que não pode ser interrompido – ao contrário, precisa avançar ainda mais, pelo bem da luta contra o câncer. Essa celebração envolve muita gente: cientistas, oncologistas clínicos, gestores, todos que participaram ativamente do processo que nos trouxe até aqui”, diz.

Incidência de melanoma

Anualmente, são diagnosticados 132 mil novos casos de melanoma no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Já aqui no Brasil, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que foram registrados 8,5 mil novos casos, 3% do total de diagnósticos de câncer de pele no país somente neste ano.

O câncer de pele do tipo melanoma é o mais grave e com maiores chances de provocar metástases, quadros em que a enfermidade se dissemina para outros órgãos do corpo. As metástases nos linfonodos que estão provocando sintomas podem ser removidas cirurgicamente ou tratadas com radioterapia.

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Já as metástases em outros órgãos são, às vezes, retiradas dependendo da quantidade, localização e da probabilidade de causar sintomas. As metástases que causam sintomas, mas não podem ser removidas podem ser tratadas com radioterapia, imunoterapia, terapia alvo ou quimioterapia.

Nos últimos anos, as novas formas de tratamento para melanomas disseminados, como imunoterapia e terapia-alvo, têm se mostrado mais eficazes do que a quimioterapia.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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