Principais doenças que atingem o homem [Novembro Azul]

A maior proporção de internações, excluindo as internações por gravidez, parto e puerpério, acontecem entre homens, superando os 50%.

A maior proporção de internações, excluindo as internações por gravidez, parto e puerpério, acontecem entre homens, superando os 50%. Entre as principais internações estão aquelas causadas por causas externas, que representa a maior causa de morte em homens nos últimos anos. Temos ainda internações por problemas cardiovasculares, principalmente Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e problemas digestivos. As doenças infecciosas e parasitária, além daquelas respiratórias e cânceres, principalmente o câncer de próstata são os mais comuns. De acordo com IBGE (2016), os homens vivem 7,1 anos menos que mulheres. A expectativa de vida dos homens chegou a 72.2 anos enquanto das mulheres atingiu os 79,3 anos. 76% das internações dos homens são por lesões, envenenamento, e outras causas externas como acidentes por exemplo, ou morte por arma de fogo. Dessas 68% acontecem entre 20 e 59 anos e a cada 5 pessoas que morrem entre 20 e 30 anos 4 são homens.

Leia também: Novembro Azul: quais temáticas podem ser abordadas?

Principais causas de morbidade da população masculina

  • Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas;
  • Doenças do aparelho digestivo;
  • Doenças do aparelho circulatório;
  • Algumas doenças infecciosas e parasitárias;
  • Doenças do aparelho respiratório.

Principais causas de mortalidade da população masculina

  • Causas externas de morbidade e mortalidade;
  • Doenças do aparelho circulatório;
  • Neoplasias (tumores);
  • Doenças do parelho digestivo;
  • Algumas doenças infecciosas e parasitárias.

Cabe ressaltar que esses dados se referem com dados gerados IBGE, e no sistema de notificação de morbimortalidade até o ano de 2018. Dados específicos da pandemia não foram estratificados na íntegra nessa discussão. O quadro a seguir revela a distribuição de óbitos no sexo masculino nas macrorregiões do Brasil entre 2014 -2018. (BATISTA et.al. 2021)

Saiba mais: Novembro azul: a saúde mental de homens com câncer de próstata

Em relação a pandemia os números totais de morte entre homens foi maior no Brasil. Estudo revela que a morbimortalidade masculina por Covid-19 é superior às femininas em diversos países do mundo. Em países como China, França, Alemanha, Iran, Itália e Coreia do Sul e Brasil cerca de 60% dos óbitos em homens². Os dados revelam que a infecção, assim como as vistas nos casos de mortalidade por causas externas, maior número de mortalidade até então acontecem pelo comportamento. Os dados se desvelam dessa forma por elemento do processo de identidade de gênero, onde a masculinidade provoca vulnerabilidade, uma vez que os homens refutam a doença e o cuidado historicamente e socialmente ocupam espaços públicos, locais estes lócus da transmissão. A exposição ligada a vulnerável prática de cuidar de si, provocam uma maior infecção em homens e por isso, maior vulnerabilidade a mortalidade. A literatura levanta elementos da masculinidade que incitam a vulnerabilidade pela Covid-19, além da exposição ocupacional no trabalho e os riscos inerentes ao comportamento de violência.

Porque os homens adoecem e morrem mais que as mulheres?

  • Medo de descobri doenças;
  • Não seguem tratamentos recomendados;
  • Acham que nunca vão adoecer e por isso não cuidam;
  • Não procuram o serviço de saúde;
  • Estão envolvidos nas maiorias das situações de violências;
  • Não se alimentam adequadamente;
  • Estão mais suscetíveis a ISTs;
  • Estão mais expostos a acidentes de trabalho;
  • Não praticam atividades físicas regulares;
  • Utilizam álcool e outras drogas com mais frequência.

A política Nacional de atenção a saúde do homem possui cinco eixos centrais, para nortear a suas principais ações. São elas o acesso ao acolhimento, a saúde sexual e reprodutiva, paternidade e cuidado, prevenção da violência e acidentes e doenças prevalentes na população masculina. Os profissionais de saúde podem saber mais em: saúde.gov.br/homem.

Referências bibliográficas:

  1. Batista, et al. Perfil epidemiológico da mortalidade masculina no Brasil, 2014-2018. Research, Society and Development. 2021;10(5):e51710515248, 2021. doi: 10.33448/rsd-v10i5.15248
  2. Soares AJ, et al. Elementos da masculinidade que vulnerabilizam homens í morbimortalidade pela COVID-19: revisão integrativa. Saúde Coletiva (Barueri). 2021;11(65):5926–5939. doi: 10.36489/saudecoletiva.2021v11i65p5926-5939.
  3. Sharma G, Volgman AS, Michos ED. Sex Differences in Mortality from COVID-19 Pandemic: Are Men Vulnerable and Women Protected? JACC Case Reports [Internet]. 2020. doi: 10.1016/j.jaccas.2020.04.027.

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