Candida auris: estratégias para conter a disseminação [podcast]

Vinícius Zofoli convida o médico infectologista Gabriel Fialkovitz, para comentarem sobre o atual cenário da infecção por Candida auris.

Neste episódio, o editor associado do Portal PEBMED, Vinícius Zofoli convida o médico infectologista Gabriel Fialkovitz, assistente da CCIH do Instituto do Coração (InCor – USP), para comentarem sobre a emergência e avanço da Candida auris, que já se espalhou por diversos hospitais no mundo. No Brasil, já existem três casos confirmados.

Saiba mais sobre como identificar e entender os principais pontos da Candida auris.
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Contexto histórico
A cândida auris, cujo nome deriva da palavra em latim orelha, foi diagnosticada pela primeira vez em 2009 no Japão, em uma amostra de secreção da orelha externa de uma paciente. Desde então, o fungo multirresistente já foi identificado em diversos países no mundo.

Candida Auris_Mapa
Destacados em vermelho os países que já identificaram casos confirmados de infecção por Candida auris, em 2017 ¹.

O que é a Candida auris e porque ela é diferente?

Essa espécie de Candida, usualmente causa infecções de corrente sanguínea, em pacientes internados em UTI, com quadros graves. Apesar da mortalidade semelhante a outras candidemias (30 a 60%), ela se destaca por alguns fatores, por exemplo sua alta resistência a antifúngicos e capacidade de resistir no meio ambiente (ex: móveis, cateteres, bombas de infusão, e termômetros).

Graças a sua resistência a temperaturas mais elevadas e a condições de estresse osmótico, ela coloniza a pele, ao invés do trato gastrointestinal. Além disso, é capaz de formar biofilmes, sobrevivendo em superfícies por longos períodos (viável até 14 dias em plásticos / 7 dias em superfícies).

Seu diagnóstico é difícil, pois é frequentemente identificada erroneamente como outras espécies, tais como: C. haemulonii, C. sake, C. catenulata, C. famata, C. lusitaniae, C. guilliermondii, Rhodotorula glutinis. Assim, sua disseminação real é desconhecida.

Tópicos discutidos

  • Porque a Candida auris é um problema sério de Saúde Pública
  • Quais desafios são encontrados no diagnóstico e como evitá-los
  • Como realizar o tratamento de um caso suspeito

Convidado: 
Gabriel Fialkovitz é formado em Medicina pela Santa Casa de Misericórdia-SP e Infectologia pelo Hospital das Clínicas-USP. Atualmente é médico assistente da Unidade de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto do Coração (InCor – USP).

Referências Bibliográficas

  1. Jeffery-Smith A, Taori SK, Schelenz S, Jeffery K, Johnson EM, Borman A; Candida auris Incident Management Team, Manuel R, Brown CS. Candida auris: a Review of the Literature. Clin Microbiol Rev. 2017 Nov 15;31(1):e00029-17. doi: 10.1128/CMR.00029-17
  2. Bradley SF. What Is Known About Candida auris. JAMA. 2019 Oct 15;322(15):1510-1511. doi: 10.1001/jama.2019.13843
  3. Meis JF, Chowdhary A. Candida auris: a global fungal public health threat. Lancet Infect Dis. 2018 Dec;18(12):1298-1299. doi: 10.1016/S1473-3099(18)30609-1.

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