O que é a síndrome de hiperviscosidade?

Síndrome de hiperviscosidade é uma emergência oncológica conhecida por 3 características: déficit neurológico, alterações visuais e sangramento de mucosas.

Síndrome de hiperviscosidade (SH) é uma emergência oncológica classicamente conhecida por três características: déficit neurológico, alterações visuais e sangramento de mucosas.

Sobre a síndrome da hiperviscosidade

A hiperviscosidade pode ser resultado de deformidade no setor eritrocítico ou aumento patológico das proteínas séricas, glóbulos brancos, vermelhos ou plaquetas.

As causas de SH são resultado da elevação de componentes celulares e acelulares do sangue. No geral, a causa mais comum é a macroglobulinemia de Waldenström, e, dentre as doenças hematológicas, destacam-se o mieloma múltiplo, policitemia vera, doença de Castleman, leucemias e tromboses. outras causas não hematológicas conhecidas são: artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e síndrome de Sjögren.

A fisiopatologia da síndrome envolve lentidão do fluxo sanguíneo com circulação microvascular prejudicada e hipoperfusão tecidual. Além disso, aumento de proteína circulante pode afetar agregação plaquetária e prolongar o tempo de sangramento.

Acompanhe abaixo os passos para avaliação da SH.

1) História e exame físico

  • Avaliação de doença hematológica preexistente e história patológica pregressa do paciente;
  • Busca por sangramento de mucosa ou pele, déficits neurológicos e/ou distúrbios visuais;
  • Avaliação dos distúrbios de órgão-alvo e sua co relação com hiperviscosidade.

2) Laboratório

Avaliação da viscosidade sérica: a dosagem normal da viscosidade sérica é em torno de 1.4 a 1.8 centipoises. Sinais e sintomas de hiperviscosidade podem ocorrem quando a viscosidade sérica fica em torno de 3 centipoises e aumenta gradativamente acima de 4.

Demais exames: hemograma completo, bioquímica, TAP, PTT e urinálise.

Leia também: Ibrutinibe na leucemia linfocítica crônica: como manejar seus efeitos adversos?

3) Tratamento

  • Suporte clínico;
  • Quimioterapia;
  • Plasmaférese ou leucoaférese;
  • Flebotomia (caso indisponibilidade da plasmaférese).

4) Complicações

  • Eventos tromboembólicos;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Isquemia → lesão órgão-alvo.

Referência bibliográfica:

  • Perez Rogers A, Estes M. Hyperviscosity Syndrome. [Updated 2019 Feb 18]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2019 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK518963/

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