Em um artigo recente, abordamos a relação entre atividade física, sedentarismo e mortalidade global. Esmiuçando um pouco mais o tema, foi publicado recentemente um artigo sobre a relação entre o tipo de esporte e sobrevida. A grande pergunta é: o benefício vem de um genérico “praticar esporte” e “ser ativo” ou será que o tipo de atividade influencia no grau de benefício?
Um estudo publicado em 2015 realizou uma revisão sistemática sobre as evidências disponíveis do impacto de cada esporte sobre a saúde. De 26 esportes avaliados, em cinco foram encontradas evidências concretas dos benefícios para a saúde: corrida, futebol, ciclismo, natação e ginástica.
Esse ano foi publicado um novo estudo, conduzido na Inglaterra e Escócia, no qual pessoas foram avaliadas por meio de questionários sobre a atividade física nas últimas quatro semanas antes da entrevista e depois acompanhados para avaliar mortalidade.
Os autores observaram que, após o devido ajuste estatístico de variáveis de confundimento (a tal análise multivariada), os seguintes esportes foram associados com menor risco de morte:
- esporte de raquete (tênis, squash e/ou badminton)
- natação
- ciclismo
- e esportes “aeróbicos” (definidos como aula de aeróbica, ginástica e/ou dança).
Corrida e futebol (tradicional ou rugby), surpreendentemente, não obtiveram significância estatística. Contudo, os autores ressaltam que a taxa de mortalidade foi muito pequena nos praticantes de futebol e corrida e, por isso, pode ter ocorrido o chamado erro tipo II, um “falso-negativo”: o estudo não teve poder estatístico suficiente para mostrar a diferença entre quem praticou corrida/futebol e os sedentários.
Referências:
- https://www.jwatch.org/fw112296/2016/11/30/swimming-racquet-sports-and-aerobics-tied-better-survival?query=pfw&jwd=000020039906&jspc=IM