Oclusão da artéria radial: dose de heparina faz diferença na prevenção?

Neste artigo abordaremos se uma maior dose de heparina teria diferença na prevenção da oclusão da artéria radial em pacientes submetidos ao cateterismo. Descubra:

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Ontem falamos da quantidade de predniso(lo)na no tratamento hepatite autoimune; a discussão era se uma dose menor seria mais eficaz no combate à doença do que uma quantidade maior. Como a dosagem ideal de um fármaco é assunto de extrema importante na prática médica, aproveitamos para abordar neste artigo outra discussão que envolve este tema. Discutiremos a seguir se uma maior ou menor administração de heparina teria diferença significativa na prevenção da oclusão da artéria radial em pacientes submetidos ao cateterismo.

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Heparina: dose alta x dose padrão

Pesquisadores do Hospital Geral da Universidade de Patras, na Grécia, realizaram um estudo prospectivo, multicêntrico e de coorte a fim de averiguar qual dosagem de heparina teria maior eficácia e, assim, evitar a oclusão da artéria radial, complicação que ocorre em 10% dos pacientes submetidos a uma angiografia coronariana transradial.

Leia mais: Trombocitopenia induzida por heparina: como diagnosticar e tratar?

A pesquisa contou com 3.102 participantes que passaram por um cateterismo da artéria radial. Os indivíduos foram designados em dois grupos, o primeiro grupo recebeu altas doses de heparina (100 UI/Kg administrada em doses particionadas de acordo com o peso corporal); o segundo grupo foi tratado com a dosagem padrão do fármaco (50 UI/Kg administrada em doses particionadas de acordo com o peso corporal).

Resultado

Os pesquisadores concluíram que altas doses de heparina, em comparação com as baixas dosagens, apresentaram melhores resultados na redução da taxa de oclusão da artéria radial nos pacientes.

Após o exame de ultrassonografia, foram identificados 102 casos de oclusão da artéria radial, a incidência foi de 5,6%. No grupo que recebeu altas doses, a taxa de oclusão em pacientes submetidos à angiografia coronariana foi significantemente menor em relação ao segundo grupo. (27 [3,0%] vs 75 [8,1%]; OR: 0,35; IC 95% [ 0,22-0,55]; p < 0,001).

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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Hahalis GN et al. Multicenter randomized evaluation of high versus standard heparin dose on incident radial arterial occlusion after transradial coronary angiography: The SPIRIT OF ARTEMIS study. JACC Cardiovasc Interv 2018 Nov 26; 11:2241.

 

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