Orelhas proeminentes: elas podem ser um problema para crianças e adultos

As orelhas proeminentes podem se apresentar assim devido ao seu mal posicionamento, alteração de sua forma (anti-hélice discreta ou ausente) e hipertrofia de estruturas.

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As orelhas proeminentes, também conhecidas como orelhas em abano, podem se apresentar assim devido ao seu mal posicionamento, alteração de sua forma (anti-hélice discreta ou ausente) e hipertrofia de estruturas.

orelha

Anatomia Normal da Orelha

  • A orelhas possuem, em sua porção lateral, pele densa, aderente e fina.
  • Na porção medial a pele é mais solta, espessa e fibrogordurosa.
  • Em torno dos 3 anos de idade a orelha humana já alcançou 85% do seu tamanho adulto.
  • A orelha atinge sua largura final aos 7 anos de idade nos meninos e aos 6 anos nas meninas.
  • Seu comprimento final é atingido aos 13 anos nos meninos e aos 12 anos nas meninas.
  • Na medida em que envelhecemos a cartilagem da orelha torna-se mais rígida e calcificada.

Epidemiologia

As orelhas proeminentes são, relativamente, comuns com incidência de aproximadamente 5% entre os caucasianos. Tem traço autossômico dominante.

Apesar de não comprometer a fisiologia da audição, inúmeros estudos atestam o estresse psicológico, o trauma emocional e os problemas comportamentais que essa deformidade pode acarretar nas crianças.

Geralmente as orelhas proeminentes decorrem de duas alterações mais comuns:

  1. Não desenvolvimento da dobra da anti-hélice.
  2. Hipertrofia da concha.

Mais da autora: ‘Lipoaspiração – um pouco de história, técnica e inovações’

Tratamento

As orelhas proeminentes na infância e idade adulta só podem ser eficazmente tratadas por procedimento cirúrgico, conhecido como otoplastia, cujo objetivos são: redução da projeção anterior do 1/3 superior, obtido por meio da confecção (molde) da anti-hélice, a hélice deve parecer sem irregularidades com transições suaves em toda sua extensão, o sulco retro-auricular não deve estar marcado ou distorcido, a orelha não pode ser posicionada muito próxima à cabeça, especialmente em meninos que ficam com as orelhas mais expostas, nos pacientes com hipertrofia de concha pode ser necessária sua ressecção para que a orelha seja reposicionada adequadamente, orelhas direita e esquerda precisam ser simétricas quanto ao posicionamento, tamanho e projeção.

Uma pequena exceção aos tratamentos cirúrgicos pode ser feita entre os recém-nascidos. É possível iniciar técnicas de moldagem da cartilagem auricular nas primeiras 72h de vida, mantendo o procedimento por até 6 a 8 semanas. Os hormônios maternos circulantes tornam as cartilagens mais maleáveis e capazes de serem moldadas, podendo evitar procedimento cirúrgico no futuro. Passado esse período as técnicas de moldagem não se mostram eficazes e, obviamente, as orientações para essa técnica precisam passar por um especialista pois o mal posicionamento das orelhas pode acarretar em sofrimentos dos tecidos trazendo riscos e complicações sérias para os bebês, como a necrose da orelha.

Como por volta dos 6 a 8 anos as orelhas já se encontram praticamente com seu tamanho adulto, procuramos abordar cirurgicamente a partir desse período. Momento que coincide com o ingresso da criança na escola e que pode acarretar em brincadeiras e bullying desencadeando desejo pelo tratamento.

É importante ressaltar que a criança precisa expressar o desejo de operar e possuir maturidade suficiente para entender e aceitar o pós-operatório. Com razoável frequência o especialista é procurado precocemente, devido a ansiedade dos pais em resolver “o problema” e não por uma demanda da criança.

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