Os 12 cuidados imediatos do RN exposto ao HIV

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos falar sobre: Os 12 cuidados imediatos do RN exposto ao HIV.

Nessa semana, publicamos duas informações novas sobre HIV: Mutação genética bloqueia entrada do HIV no organismo e Eficácia do Truvada contra a contaminação pelo HIV é comprovada. Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos falar sobre: os 12 cuidados imediatos do RN exposto ao HIV.
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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Cuidados imediatos do RN exposto ao HIV

Definição: Exposição ao vírus em recém-nascidos (RN) de mulheres infectadas pelo HIV.

Fisiopatologia: O HIV é transmitido para a criança através da placenta, do contato com o sangue e do aleitamento materno. O principal fator de maior risco de transmissão vertical do HIV é a magnitude da carga viral plasmática materna próximo ao parto.

  • 1. Limpar com compressas macias todo sangue e secreções visíveis no RN imediatamente após o nascimento e proceder com banho, ainda na sala de parto (usando-se chuveirinho ou torneira).
  • 2. Quando for necessária a realização de aspiração de vias aéreas do RN, deve-se proceder delicadamente, evitando traumatismos em mucosas.
  • 3. Iniciar a primeira dose do AZT VO, preferencialmente ainda na sala de parto, logo após os cuidados imediatos ou nas primeiras 4 horas após o nascimento. (Não há evidências científicas que comprovem a eficácia da profilaxia quando iniciada com mais de 48 horas após o parto).
  • 4. Em crianças expostas ao HIV cujas mães não fizeram uso de ARV durante o pré-natal ou não têm carga viral menor que 1000 cópias/mL documentada no último trimestre de gestação, acrescentar nevirapina ao esquema da profilaxia, com início o mais precoce possível, nas primeiras 48 horas de vida.
  • 5. O monitoramento laboratorial deve ser iniciado precocemente, na maternidade ou na primeira consulta ambulatorial, em todas as crianças expostas, independente de serem prematuros ou não, considerando-se a possibilidade de efeitos adversos aos ARV utilizados pela mãe, repetindo-se os exames após 4 e 16 semanas.
  • 6. É recomendado o alojamento conjunto em período integral, com o intuito de aprimorar o vínculo mãe-filho.
  • 7. Recomenda-se a não amamentação e a substituição do leite materno por fórmula infantil após aconselhamento. O aleitamento misto também é contraindicado. A criança exposta, infectada ou não, terá direito a receber fórmula láctea infantil, pelo menos até completar 6 meses de idade.
  • 8. São terminantemente contraindicados o aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra nutriz) e uso de leite humano com pasteurização domiciliar.
  • 9. Sugere-se consultar o “Guia prático de preparo de alimentos para crianças menores de 12 meses que não podem ser amamentadas” do Ministério da Saúde, disponível em https://www.aids.gov.br/sites/default/fi les/aids_versao_internete.pdf, para alternativas no uso de fórmula infantil e na introdução de outros alimentos.
  • 10. Anotar no resumo de alta do recém-nascido as informações do pré-natal, as condições do parto, o tempo de uso da zidovudina injetável na mãe, o tempo de início de zidovudina xarope e da nevirapina para o RN com dose e periodicidade, além das mensurações antropométricas, o tipo de alimento fornecido à criança e outras informações importantes relativas às condições do nascimento.
  • 11. A alta da maternidade é acompanhada de consulta agendada em serviço especializado para seguimento de crianças expostas ao HIV. Recomenda-se que a data da primeira consulta seja entre 15 e 30 dias a contar do nascimento.
  • 12. Preencher as fichas de notificação da “Criança exposta ao HIV” e enviá-las ao serviço de vigilância epidemiológica competente.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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