Osteoporose: aprovado medicamento que promete construção óssea

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou um novo medicamento para osteoporose, o romosozumab (nome comercial Evenness).

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Publicamos em nosso portal na última semana a nova diretriz de manejo da osteoporose em mulheres pós menopausa. Hoje, traremos uma novidade sobre o assunto. A Food and Drug Administration (FDA) aprovou um novo medicamento para osteoporose, o romosozumab (nome comercial Evenness). O medicamento restaura o osso sem reabsorvê-lo, segundo os resultados de dois grandes ensaios clínicos.

Romosozumab é um novo anticorpo monoclonal formador de osso que se liga e inibe a esclerostina, com um duplo efeito de aumentar a formação óssea e diminuir sua reabsorção. A ideia da criação do romosozumab surgiu com base na observação da deficiência de esclerostina como defeito molecular de síndromes genéticas que apresentavam massa óssea aumentada com qualidade normal. Foi visualizado o papel fundamental da esclerostina como mediadora da atividade osteoblástica e da formação óssea.

Os tratamentos mais comumente utilizados para a osteoporose são antirremodeladores que diminuem a formação óssea, bem como a reabsorção óssea, impedindo sua capacidade de restaurar a arquitetura esquelética ou curar a osteoporose. Os análogos dos hormônios das paratiroides aumentam a formação óssea, mas também ativam a reabsorção óssea, limitando a resposta anabólica ou de formação óssea. O romosozumab, por outro lado, promete agir favorecendo a formação óssea, sem ativar vias de reabsorção.

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Em grandes estudos clínicos, os pacientes que tomaram o medicamento aumentaram a densidade óssea na coluna na ordem de 15% – um número bastante significativo, semelhante à quantidade de osso produzida no início da adolescência, disse o Dr. Clifford J. Rosen, especialista em osteoporose, membro do FDA, em entrevista ao jornal The New York Times.

Um estudo publicado ano passado no New Englando Journal of Medicine observou-se que em mulheres na pós-menopausa com osteoporose que apresentavam alto risco de fratura, o tratamento com romosozumabe por 12 meses seguido de alendronato resultou em um risco significativamente menor de fratura do que o alendronato isolado.

A droga é contraindicada para pessoas com histórico de infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Os médicos também devem considerar se devem prescrever o medicamento a pacientes com alto risco destas doenças. Os efeitos colaterais podem incluir artralgias, cefaleia e irritação no local da injeção. Não há previsão de aprovação pela ANVISA.

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