Pacientes com câncer apresentam um risco de tromboembolismo arterial aumentado

Estudo avaliou se o diagnóstico de câncer está associado com um aumento do risco de tromboembolismo arterial em curto prazo e se este risco é maior em pacientes com doença em estágio avançado.

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Cerca de 40% dos americanos desenvolverão câncer em suas vidas. Além disso, mais de 13 milhões de americanos atualmente vivem com câncer invasivo e este número provavelmente aumentará ao longo do tempo, pois os avanços contínuos nos tratamentos levam a uma maior sobrevida.

Pacientes com câncer enfrentam um risco aumentado de complicações médicas, especialmente tromboembolismo venoso, que é aumentado aproximadamente 7 vezes em pacientes com câncer e afeta até 20% dos casos.

O risco de tromboembolismo arterial em pacientes com câncer não é claramente compreendido. Recentemente publicado no Journal of the American College of Cardiology, um estudo observacional retrospectivo avaliou se o diagnóstico de câncer está associado com um aumento do risco de tromboembolismo arterial em curto prazo e se este risco é maior em pacientes com doença em estágio avançado.

No total, foram identificados 279.719 pares de pacientes com câncer e pacientes com controle correspondente. A mediana de idade foi de 74 anos (intervalo interquartil [IQR]: 70 a 80 anos) e 48% eram homens.

O estágio do câncer variou por tipo de malignidade, embora entre toda a coorte, 18% tiveram doença no estágio IV no momento do diagnóstico. Devido à sobrevida reduzida, a mediana do tempo de seguimento foi de 2,8 anos (IQR: 0,9 a 5,8 anos) em pacientes com câncer versus 5,0 anos (IQR: 2,7 a 7,6 anos) em pacientes controles.

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A incidência cumulativa em 6 meses de tromboembolismo arterial foi de 4,7% (intervalo de confiança (IC) de 95%: 4,6% a 4,8%) em pacientes com câncer em comparação com 2,2% (IC 95%: 2,1% a 2,2%) em pacientes controles (hazard ratio [HR]: 2,2; IC 95%: 2,1 a 2,3).

A incidência cumulativa em 6 meses de infarto do miocárdio foi de 2,0% (IC 95%: 1,9% a 2,0%) em pacientes com câncer em comparação com 0,7% (IC 95%: 0,6% a 0,7%) em pacientes controles (HR: 2,9; IC 95%: 2,8 a 3,1).

Em relação ao acidente vascular cerebral isquêmico, a incidência cumulativa em 6 meses foi de 3,0% (IC 95%: 2,9% a 3,1%) em pacientes com câncer versus 1,6% (IC 95%: 1,6% a 1,7%) em pacientes controles (HR: 1,9; IC 95%: 1,8 a 2,0).

A incidência cumulativa e riscos de tromboembolismo arterial aumentaram de forma constante com o aumento do estágio do câncer no diagnóstico e foram especialmente elevados em pacientes com câncer nos estágios III e IV. No entanto, mesmo pacientes com doença no estágio 0 ou I demonstraram excesso de risco.

Com base nos resultados, pode-se concluir que pacientes com câncer apresentam um risco de tromboembolismo arterial substancialmente aumentado em curto prazo. Esses resultados levantam a questão se o uso de medicamentos antitrombóticos e de estatina para prevenção primária de doenças cardiovasculares deve ser considerado em pacientes com câncer recentemente diagnosticado, particularmente aqueles com doença avançada.

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