Pacientes oncológicos do INCA fazem contato virtual com a família

Pacientes oncológicos internados em tratamento no INCA passaram a realizar contato com os seus familiares via aplicativo de vídeo.

Pacientes oncológicos internados em tratamento no INCA passaram a realizar contato com os seus familiares via aplicativo de vídeo. A iniciativa surgiu após a proibição de visitas e a permanência de acompanhantes dos pacientes suspeitos e/ou confirmados com Covid-19, na unidade do Instituto Nacional do Câncer (INCA), responsável pelos cuidados paliativos do Hospital do Câncer IV (HCIV).

Assim, os profissionais das áreas assistenciais da instituição passaram a realizar um contato virtual diário, via videochamada, com os familiares para a atualização do quadro clínico de cada paciente, a fim de minimizar o confinamento desses pacientes, inclusive em situações de final de vida.

Quando o paciente autoriza o contato virtual com os familiares, a equipe médica agenda o dia e o horário para que a interação aconteça via aplicativo de vídeo seja WhatsApp, Skype ou similar. As chamadas são sempre acompanhadas por uma psicóloga para a intervenção terapêutica, caso haja necessidade.

Pacientes oncológicos internados em tratamento no INCA passaram a realizar contato com os seus familiares via aplicativo de vídeo.

Benefícios da iniciativa para pacientes oncológicos

O movimento da videochamada já era adotado pelo INCA, mas ganhou uma dimensão maior por conta dos pacientes oncológicos infectados com o novo coronavírus.

“Com a questão da infecção por Covid-19, eles precisavam ficar em isolamento completo de suas famílias. Somos uma unidade que preserva o contato da família. A gente mantém o acompanhante lá durante 24 horas. Ele pode ficar lá mesmo durante a internação, mesmo com o agravamento da situação. A gente estimula que a família fique com o doente na internação. Mas, como sabíamos que essa internação apresentava um alto risco de óbito, aproximar as famílias para que pudessem visitar virtualmente os doentes tornou-se um imperativo no Hospital do Câncer nesse momento”, disse a diretora da unidade, Renata Freitas, em entrevista para a Agência Brasil.

Até o momento, a experiência vivenciada por todos os envolvidos já traz indícios de que a estratégia deve ser mantida, mesmo após a pandemia. Isso porque essa nova dinâmica tende a reduzir o sofrimento no contexto da internação hospitalar e os cuidados no final da vida.

Essa iniciativa pode servir como bom exemplo para o desenvolvimento dessa estratégia de atenção e cuidado, contribuindo para a humanização do atendimento de mais pacientes, inclusive em situações clínicas distintas.

A partir da fase de transmissão comunitária, a enfermidade acometeu um número expressivo de pacientes acompanhados no ambulatório e em assistência domiciliar.

Saiba tudo sobre o novo coronavírus em nossa Revista!

Até o momento, 74 famílias já utilizaram o contato virtual. A ação faz parte de um projeto de pesquisa que passou pelo Comitê de Ética de Pesquisa do instituto. Agora, estão sendo realizadas entrevistas com as famílias que participaram das videochamadas para saber o impacto em suas vidas.

A diretora do HCIV lembrou que existem muitos pacientes cujas famílias residem longe, fora do Rio de Janeiro. “A gente acredita que a questão da tecnologia vai favorecer também esses casos e não só os pacientes que estão em isolamento”.

Referências bibliográficas:

 

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades