Pediatria: os temas que ganharam mais destaque em 2017

O ano de 2017 foi muito diversificado em relação às principais atualizações na Pediatria. Vamos relembrar os temas que ganharam maior destaque.

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O ano de 2017 foi muito diversificado em relação às principais atualizações na Pediatria. Vamos relembrar os temas que ganharam maior destaque:

As crianças costumam desenvolver em torno de oito episódios infecciosos por ano, mas esse número aumenta bastante depois que as mesmas passam a frequentar creche e pré-escola. Baseado nisso, o Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou nesse ano um documento científico abordando os critérios na hora de permitir o uso de medicamentos em creches e escolas.

E quando a criança chega a necessitar de internação, nossa atenção e cuidado devem redobrar! A Dra Roberta Esteves discutiu muito bem os fatores de risco para delirium em Unidades de Terapia Intensiva.

Nessa linha de pensamento preventivo, a Dra Flavia Abido trouxe as novas recomendações na prevenção da morte súbita do lactente.

Já em relação à Neonatologia, a Dra Priscila Klaes destacou a real importância do mecônio na sala de parto, comentando a última diretriz da SBP para reanimação do recém-nascido ≥34 semanas em sala de parto, além de explicar porque o teste da oximetria se tornou obrigatório nas maternidades e o que é realmente importante no follow-up de prematuros.

Quando vamos para o atendimento nas emergências, os diagnósticos diferenciais de dor torácica em crianças costumam gerar certa insegurança no momento da consulta, principalmente em relação aos pais. Para esclarecer como devemos conduzir esses casos, a Dra Carolina Monteiro separou as principais causas em grupos distintos.

Além disso, a SBP lançou um manual de 2017 sobre crupe viral e bacteriano, destacando que o diagnóstico é baseado nos achados clínicos: a doença se inicia com rinorreia clara, faringite, tosse leve e febre baixa. Após 12 a 48 horas iniciam-se os sintomas de obstrução de vias aéreas superiores, caracterizados na síndrome do crupe, com progressão dos sinais de insuficiência respiratória e aumento da temperatura corpórea.

E seguindo essa linha de trazer as atualizações lançadas pela SBP ao longo do ano, a Dra Carolina Monteiro diferenciou bem o Refluxo Gastroesofágico Fisiológico e Doença do Refluxo Gastroesofágico do lactente  e discutiu prós e contras do uso da chupeta.

American Academy of Pediatrics e a American Society of Anesthesiologists desenvolveram uma nova escala de 6 pontos para sedação em procedimentos pediátricos: a Pediatric Sedation State Scale (PSSS). A ferramenta destina-se a atender as necessidades dos anestesistas de medir a eficácia e a qualidade dos cuidados.

Como todos sabem, um assunto que sempre traz muita dúvida ao clínico e ao médico que trabalha na emergência é como avaliar os diagnósticos diferenciais de febre, principalmente quando esta vem associada com dor nas articulações ou membros. Os principais diagnósticos são osteomielite, artrite séptica, malignidades (osteossarcomas, leucemias), celulites, doenças reumatológicas (sinovites transitórias, artrite idiopática juvenil) e dor de crescimento concomitante com febre de outras causas.

Ainda sobre o tema febre, o Dr Rafael Duarte trouxe uma alternativa diagnóstica aos pediatras que atendem bebês com essa alteração e se questionam se são viroses comuns ou infecções bacterianas graves?

A Dra Cristiana Meirelles trouxe uma importante atualização sobre o vírus sincicial respiratório (VSR).

Também teve grande destaque o calendário vacinal para crianças e adolescentes com HIV/AIDS lançado pela SBP.

Algumas crianças precisam ser submetidas a intervenções cirúrgicas. As avaliações precedentes a essas intervenções de pequeno porte, como postectomias e herniorrafias ou sedação para exames diagnósticos, são comuns no dia a dia da pediatria, além daquelas para cirurgias de médio e grande portes. Não é incomum nos depararmos com a dúvida de como realizar o pré-operatório mais adequado nos pacientes pediátricos. Sendo assim, sobre a dúvida a respeito do risco operatório em pediatria: quem, quando e como?, a Dra Aurea Grippa respondeu essas questões.

Por outro lado, foi muito bom relembrarmos os cinco exames que devem ser evitados em crianças: publicação feita pela seção de Endocrinologia da American Academy of Pediatrics como parte da campanha Choosing Wisely.

Uma série de três postagens sobre o que mais vemos de dermatologia no dia a dia das consultas pediátricas, destacando as 30 afecções dermatológicas mais comuns na infância.

Também tivemos nosso especial sobre Residência Médica, no qual pude expor diversas questões relacionadas ao cotidiano do pediatra, assim como ocorre sua formação.

E a Medicina não para de evoluir… no entanto, no século XXI ainda encontra o grande desafio de controlar os custos para poder continuar evoluindo de maneira sustentável, aumentando a sobrevida, curando doenças “incuráveis” e permitindo maior qualidade de vida para as pessoas. Um artigo da Pediatrics destacou importantes pontos a serem atacados: Overtreatment – excesso de tratamento -, Overdiagnosis – excesso de diagnóstico – e Overutilization – excesso de uso.

De extrema importância no contexto de integração social / cuidado com aqueles que possuem necessidades especiais, a Síndrome de Down ainda traz algumas dúvidas ao pediatra e ao médico de família que fará sua puericultura. Visando esclarecer melhor essa questão, a Dra Rita Gonçalves introduz o assunto trazendo a abordagem inicial ao recém nascido e sua família.

Também visando auxiliar os profissionais que trabalham na atenção primária, a Dra Dolores Henriques detalhou um importante e recorrente assunto na Pediatria: a enurese, comentando o guia prático para profissionais da atenção primária.

Como geralmente há muita dúvida sobre alimentação saudável na infância, ainda mais com o aumento de adeptos ao vegetarianismo e ao veganismo, a Dra Rafella Leal destacou o impacto do vegetarianismo na infância e adolescência.

E sobre o consumo de suco de frutas por lactentes e crianças maiores? É adequado ou não? A American Academy of Pediatrics atualizou em suas diretrizes sobre o assunto, trazendo novas recomendações.

Aproveitamos para lhe agradecer por ter acompanhado nosso portal durante todo esse ano, já deixando o convite para que em 2018 você não perca nenhuma atualização médica.

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