Pesquisa mostra que a microcefalia já era endêmica no Brasil antes do surto de Zika.

Estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) mostrou que a microcefalia já era endêmica no Brasil desde antes do surto de Zika vírus.

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Em 2015, durante a epidemia do Zika virus no Brasil, a microcefalia também recebeu destaque quando muitos casos de bebês que nasceram com microcefalia foram associados a esse vírus, que é um dos fatores de risco. Porém, uma pesquisa publicada na revista Pediatrics Official Journal, da Academia Americana de Pediatria, realizada por pesquisadores brasileiros mostrou que a microcefalia já era endêmica desde anos antes no país.

O estudo realizado por  pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) avaliou mais de 6174 crianças que nasceram na cidade de Ribeirão Preto (SP) e 4220 que eram de São Luís (Maranhão) no ano de 2010.

Em Ribeirão Preto, a porcentagem de recém-nascidos com microcefalia foi de 3,2%. Já na capital do Maranhão esse número foi um pouco maior, de 3,5%.  Os pesquisadores se surpreenderam com os resultados pois, devido a resultados de outros estudos, esperavam taxas menores do que essas. Além disso, no ano em questão, São Luís teve mais casos de microcefalia severa grave (0,7%) do que Ribeirão Preto (0,5%).

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A microcefalia passou a ser um surto durante a epidemia de Zika, porém os responsáveis pelo estudo lembram que esse não é o único fator que ajuda a desenvolver essa anomalia. Aspectos sociais, reprodutivos e demográficos também ajudam no seu desenvolvimento. Nessa pesquisa especificamente, o aparecimento do vírus foi relacionado a questões como baixa escolaridade da mãe, consumo de álcool durante a gravidez,  tabagismo por parte da mãe e restrição do crescimento intrauterino foram fatores relevantes. Os dois últimos foram inclusive relacionados à casos mais graves de microcefalia.

Apesar dos casos de microcefalia no Brasil terem aumentado consideravelmente, o Estudo Colaborativo Latino-Americano de malformações congênitas (Eclam) acredita que mais da metade dos casos de microcefalia graves (aproximadamente 66%) não foram oficialmente notificados, então é possível que esse número seja bem maior do que o divulgado.

Referência:

http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/microcefalia-ja-era-endemica-antes-do-virus-zika-revela-pesquisa/

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