População não aprova saúde no país, mas confia nos médicos

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo CFM, indica que a saúde é o principal problema do país para 37% dos brasileiros.

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), indica que a saúde é o principal problema do país para 37% dos brasileiros. Em contrapartida, os médicos são os profissionais com maior grau de confiança e credibilidade para 26% da população.

O estudo ouviu quase 5 mil pessoas de todas as regiões do Brasil. A margem de erro, de acordo com o Datafolha, é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Um total de 82% dos entrevistados utilizou os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos dois anos.

Os serviços de saúde públicos e privados foram considerados ruins ou péssimos por 65% dos participantes. A reprovação foi maior no Sudeste (68%) e no Centro-Oeste (66%), e menor no Sul (58%). A qualidade foi considerada regular por 28% e ótimo ou bom por apenas 6%.

Para melhorar a saúde no Brasil, 65% dos entrevistados responderam que o governo deve diminuir a corrupção, 58% acreditam em aumentar o número de profissionais e 50% em aumentar o número de leitos para internação.

Quando questionados sobre quais profissionais são mais confiáveis, os médicos ficaram em primeiro lugar, com 26%, seguido por professores (24%) e bombeiros (15%). Para o CFM, esse resultado mostra que, apesar dos graves problemas na saúde, a população brasileira ainda confia nos médicos.

Os dilemas do médico no sistema público de saúde

Dr. Ronaldo Gismondi, doutor em Medicina e professor de Clínica Médica na Universidade Federal Fluminense, fala sobre um dos dilemas diários na vida de médicos no SUS:

“Os conceitos de universalidade – todos têm direito à saúde, que é um dever do Estado, igualdade -, a assistência à saúde deve acontecer sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie, e equidade – a política pública deve ser redistributiva, com o objetivo de corrigir desigualdades, é o “tratamento desigual para situações desiguais”.

No campo individual, o dilema é usualmente muitos pacientes concorrendo para um número restrito de terapias. Uma vaga de UTI com três ou quatro candidatos é o exemplo mais emblemático, que profissionais das centrais de regulação convivem horas por dia. Nesse campo estão ainda os últimos frascos de um antibiótico, uma prótese cirúrgica cara, uma vaga para cirurgia eletiva e até uma maca em um pronto-socorro lotado”, explica Dr. Ronaldo.

Referências:

  • https://www.segurancadopaciente.com.br/qualidade-assist/pesquisas-apontam-saude-como-principal-problema-do-pais-mas-respaldam-medicos/

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