Nesta semana na sessão: conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, apresentamos os principais critérios para alta do CTI.
Introdução
- A indicação de alta da unidade de terapia intensiva deve ser revista diariamente, e pode se basear em 2 princípios: Quando o paciente não necessitar mais de cuidados intensivos, e/ou quando não se beneficiar dos cuidados intensivos.
- Considera-se o paciente apto à observação em unidade com nível de cuidado intermediário ou básico quando o status
fisiológico do paciente estiver estabilizado e a necessidade de monitorização e cuidados intensivos não forem mais necessários, ou quando o status fisiológico do paciente sofrer deterioração e mais nenhuma intervenção seja planejada (alta para semi-intensiva). - De modo geral, a alta deve obedecer critério oposto à internação, com correção ou estabilização do fator que motivou a internação nessa unidade – necessidade de cuidado e monitorização contínuos. Os principais fatores desse contexto são: idade, sexo masculino, motivo e tempo de internação, unidade de origem, escore Apache II e presença de disfunção renal.
Escala SWIFT
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- Pode-se usar a escala SWIFT (Stability and Workload Index for Transfer), de maneira objetiva, como critério de
alta da UTI pelo risco de reinternação, para orientar as estratégias de cuidado. Sabe-se que as readmissões
precoces (< 48 horas) e as mortes inesperadas após a alta (< 7 dias) são eventos ainda frequentes, apesar
da melhora na qualidade assistencial, e que quase 10% dos pacientes de CTI estão em risco de readmissão.
- Pode-se usar a escala SWIFT (Stability and Workload Index for Transfer), de maneira objetiva, como critério de
Tabela: Critérios do escore SWIFT
Alta do CTI
- O momento da alta deve ser, preferencialmente, durante o dia, para facilitar as condições de transporte e
admissão no setor de destino. - Consideram-se indicações para unidade semi-intensiva:
- Necessidade de monitorização e cuidadoso em intervalos inferiores a 4 horas;
- Recursos não-rotineiros: necessidade de recursos humanos ou técnicos que não estão disponíveis
em outros setores; - Condição clínica com risco de deterioração e indicação de na Unidade Intensiva dentro de 24
horas; - Necessidade de ventilação não-invasiva, com estabilidade clínica
- Necessidade de suporte hemodinâmico com utilização de, no máximo uma droga vasoativa, em dose
fixa ou decrescente, com finalidade de manutenção ou redução de níveis pressóricos. - Tratamento de arritmias agudas sem repercussão hemodinâmica (fibrilação/flutter ou outras
taquiarritmias atriais). - Na ocasião da alta do CTI, o médico deve considerar, também, os principais critérios de readmissão no
CTI, para avaliar se o momento de alta é adequado:
- Pós-parada cardiorrespiratória;
- Necessidade de reabordagem cirúrgica;
- Complicação pós-operatória de neurocirurgia;
- Sepse;
- Complicações pulmonares (hipoxemia, higiene pulmonar inadequada, pneumonia e insuficiência
ventilatória); - Alterações cardíacas (arritmias, insuficiência cardíaca congestiva e parada cardíaca);
- Hemorragia digestiva alta;
- Déficit neurológico novo.
Excelente esse artigo. Bastante didático, e foi útil no trabalho que estou fazendo como fisioterapeuta de UTI ADULTO.