Prolongar a vida ou cuidados paliativos: pesquisa mostra o que o brasileiro prefere

Uma pesquisa recente mostrou que a maior parte das pessoas que tem doenças graves e incuráveis está preferindo reduzir a dor e ficar mais tempo em casa.

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Você costuma dar opções para seu paciente grave? Uma pesquisa recente mostrou que a maior parte das pessoas que tem doenças graves e incuráveis está preferindo reduzir a dor e ficar mais tempo em casa, com a família, a estender seus dias em uma UTI.

Nos EUA, na Itália e no Japão a prioridade é por cuidados que promovam uma morte sem dor, desconforto e estresse. Apesar de ser uma opção cada vez mais escolhida pelas pessoas em várias partes mundo, os brasileiros ainda não se enquadram nessa preferência, acreditando que prolongar os dias é o mais importante, mesmo que isso signifique estar na UTI de um hospital.

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Os números entre o Brasil e os outros países que entraram na análise são bem diferentes. Entre os brasileiros, 50% respondeu que estender os dias ao máximo é “extremamente importante”, enquanto nos outros três países a taxa dessa resposta variou entre 9% e 19%. No Brasil, 42% acha importante ter cuidados paliativos e uma morte tranquila e confortável. Você consegue entender o porquê disso?

Para os pesquisadores, os motivos são muito variados, mas a religiosidade brasileira pode ter uma grande interferência nesse caso. Outras questões, como a falta de informações, principalmente acerca do que é o cuidado paliativo, podem ter um grande peso, e isso é perceptível nos dados. Entre as pessoas com nível superior, que teoricamente têm mais acesso a informação, 58% acreditam que a prioridade é o cuidado paliativo e uma morte sem dor, contra 40% das pessoas com nível fundamental e médio.

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Até mesmo o sistema de saúde brasileiro tem um peso, já que existem apenas 110 serviços cuidados paliativos estão cadastrados na Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP); nos Estados Unidos, por exemplo, são mais de 1.700.

A pesquisa foi realizada por telefone nesses quatro países. No Brasil, 1.200 pessoas de todas as regiões e de diferentes níveis de escolaridade participaram.

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