Quais as indicações para o tratamento cirúrgico da epilepsia?

A epilepsia é uma doença crônica causada por diversas etiologias e caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A epilepsia é uma doença crônica causada por diversas etiologias e caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas. Esta condição tem consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais e prejudica diretamente a qualidade de vida do paciente.

O tratamento de escolha inicial é o travento com drogas anticonvulsivantes, entretanto existe um grupo de pacientes com epilepsia que continua a apresentar crises, apesar do tratamento medicamentoso. Nesse caso, faz-se necessário buscar outra opção para ajudar no controle de crises. Uma dessas modalidades é o tratamento cirúrgico.

Durante a avaliação, o paciente passa por uma série de exames que inclui videoeletroencefalograma, ressonância de crânio, avaliação neuropsicológica, para, assim, definir se é um candidato ao tratamento cirúrgico.

Segue abaixo os critérios para definição de procedimento cirúrgico para epilepsia:

1) Paciente com diagnóstico de epilepsia por meio de avaliação clínica e eletroencefalográfica;

2) Excluir diagnósticos alternativos: eventos não-epiléticos (crises não epiléticas psicogênicas, síncopes e etc);

Mais do autor: ‘Uso de AAS previne hemorragia subaracnoidea?’

3) Epilepsia não-controlada com, pelo menos, dois esquemas farmacológicos em monoterapia ou associação de drogas antiepiléticas em doses adequadas. Considerando que as drogas utilizadas são de eficácia comprovada para o tipo de epilepsia;

4) O procedimento cirúrgico não deve ser ofertado para pacientes com epilepsia controlada com tratamento medicamentoso, objetivando retirada do medicamento;

5) O paciente deve realizar avaliação pré-cirúrgica com exame neurológico e exames complementares para a definição do procedimento cirúrgico mais adequado.

Considerar que, para a realização do procedimento cirúrgico, a área epileptogênica deve ser identificada através de exames de imagem específicos e o paciente deve ser considerado de baixo risco para declínio cognitivo após ressecção da lesão. Importante ressaltar que o tratamento cirúrgico não tem como objetivo a retirada da medicação, e sim ajudar no controle de crises, e que mesmo após a realização de cirurgia, a redução da medicação deve ser avaliada cautelosamente.

É médico e também quer ser colunista do Portal PEBMED? Clique aqui e inscreva-se!

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades

Tags