Quais exames complementares um serviço deve oferecer?

Em maio de 2018, a Organização Mundial da Saúde elaborou um manual que elenca quais exames complementares deveriam estar disponíveis em serviços de saúde.

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Em maio de 2018, a Organização Mundial da Saúde elaborou um manual no qual elenca quais exames complementares deveriam estar disponíveis em serviços de saúde considerados de atenção básica e de atenção secundária. São levados em conta principalmente a prevalência das doenças que exigem esse exame naquela população e o custo-benefício de realizá-lo nas unidades de saúde.

Foram considerados exames essenciais às unidades de atenção primária:
hemograma: para fazer rastreio e monitorização de anemias, infecções e efeitos adversos de medicamentos (como antirretrovirais, por exemplo)
– dosagem de hemoglobina capilar: para monitorar situações de anemia aguda em pacientes com arbovirose
– exames diagnósticos para malária em populações com maior incidência da doença
– glicemia e hemoglobina glicada: medidas com aparelhos portáteis que utilizam sangue capilar
– lactato sérico: em pacientes com suspeita de infecções ativas e diabetes descompensado
– testes rápidos de hepatite B, hepatite C, HIV e sífilis
– tipagem sanguínea
– baciloscopia de escarro com cultura em regiões endêmicas para tuberculose
– prova tuberculínica em regiões endêmicas para tuberculose
– urina tipo I: para vigilância de proteinúria, bilirrubinúria, hematúria
– teste rápido de gravidez com amostra de urina.

Já para unidades de atenção secundária foram considerados exames essenciais:
– transaminases hepáticas, fosfatase alcalina, bilirrubinas, albumina: a fim de diagnosticar doenças hepáticas
– ureia e creatinina: para monitorar insuficiência renal
– eletrólitos: para diagnóstico de distúrbios hidroeletrolíticos
– perfil lipídico, glicemia e hemoglobina capilar: monitorização de doenças crônicas
– beta HCG sérico
– exames para diagnóstico e monitoramento de doenças transmitidas por transfusão sanguínea: Chagas, hepatites, HIV, sífilis.
– amilase e lipase: abordagem de pancreatites
– marcadores de necrose miocárdica
– urina tipo I, urocultura
– hemocultura
– hemograma e coagulograma
– perfil sorológico de hepatites, sífilis e HIV
– teste de sensibilidade a antimicrobianos para tuberculose
– leitura de lâmina de exame de Papanicolau

É importante destacar que esses exames, apesar de formarem uma lista “padrão”, podem estar ausentes em alguns locais em que o custo-beneficio não compense a aplicação, assim como em outros locais onde exames não listados possam ser essenciais.

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Referências:

  • World Health Organization Model List of Essential In Vitro Diagnostics, 1ª edição (2018)

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