Qual a epidemiologia das fraturas do rádio distal em crianças?

As fraturas do rádio distal em crianças são muito comuns. Neste artigo, conheça um estudo que traça a epidemiologia dos casos em pediatria.

As fraturas do rádio distal correspondem a 74% das fraturas pediátricas do membro superior. Atualmente, a incidência e a epidemiologia relatadas de fraturas pediátricas do antebraço distal são inconsistentes e a literatura carece de um estudo populacional em larga escala de todas as fraturas distais do antebraço, com base em uma população de risco precisa, incluindo todas as crianças e adolescentes, relatando classificações de fratura e modo de lesão associado.

Esses dados são importantes para identificar potenciais estratégias para redução do risco de fraturas de antebraço em crianças. Além disso, o conhecimento dessa epidemiologia pode promover melhor alocação de recursos de saúde e predizer custos implicados para a sociedade. 

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criança com braço quebrado

Estudo

Foi publicado no último mês na revista Bone and Joint Open um estudo com o objetivo de relatar a incidência, distribuição, mecanismo de trauma e características demográficas de baseline das fraturas de rádio distal pediátricas para identificar idade e atividades de mais risco para lesão. O estudo foi uma coorte retrospectiva com casos de fraturas de radio distal pediátricas entre janeiro de 2013 e dezembro de 2017 em seis hospitais dinamarqueses.

O desfecho primário foi a incidência de fraturas pediátricas do antebraço distal e o estudo foi baseado em uma população média em risco de 116.950. Um total de 4.316 pacientes sofreu fratura distal do antebraço no período do estudo. As mulheres foram responsáveis por 1.910 das fraturas (44%) e os homens por 2.406 (56%).

A incidência geral de fraturas pediátricas do antebraço distal foi de 738,1/100.000 pessoas/ano (intervalo de confiança de 95% (IC) 706/100.000 a 770/100.000). A incidência feminina atingiu o pico com uma incidência de 1.578,3/100.000 pessoas/ano aos 10 anos de idade enquanto a incidência masculina atingiu o pico aos 13 anos, com incidência de 1.704,3/100.000 pessoas/ano.

O tipo de fratura mais comum foi a fratura em galho verde no rádio (48%), e os modos de lesão mais comuns foram esportes e quedas de ≤ 1 m. Uma pequena variação de ano para ano foi relatada durante o período de estudo de cinco anos, mas sem quaisquer tendências. 

Conclusão

Os resultados do estudo mostram que as fraturas pediátricas do rádio distal são muito comuns durante toda a infância em ambos os sexos, com quase 2% dos homens com 13 anos de idade sofrendo uma fratura do antebraço a cada ano.

 

 

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Korup LR, Larsen P, Nanthan KR, Arildsen M, Warming N, Sørensen S, Rahbek O, Elsoe R. Children's distal forearm fractures: a population-based epidemiology study of 4,316 fractures. Bone Jt Open. 2022 Jun;3(6):448-454. doi: 10.1302/2633-1462.36.BJO-2022-0040.R1. PMID: 35658607; PMCID: PMC9233428.     

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