Qual o melhor método para diagnosticar a paralisia cerebral precocemente?

Quais são as avaliações mais precisas para diagnosticar a paralisia cerebral precocemente? É o que responde uma revisão sistemática publicada essa semana no JAMA Pediatrics.

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Quais são as avaliações mais precisas para diagnosticar a paralisia cerebral precocemente? É o que responde uma revisão sistemática publicada no último mês no JAMA Pediatrics.

Para esse estudo, pesquisadores analisaram a literatura através das bases do MEDLINE (1956-2016), EMBASE (1980-2016), CINAHL (1983-2016) e Cochrane Library (1988-2016). O estudo incluiu análises sistemáticas com ou sem meta-análises, critérios de precisão diagnóstica e diretrizes clínicas baseadas em evidências.

Seis revisões sistemáticas e duas diretrizes clínicas baseadas em evidências preencheram os critérios de inclusão.

Conclusões

– Em lactentes, os sinais e sintomas clínicos da paralisia cerebral emergem e evoluem antes dos 2 anos de idade; portanto, uma combinação de ferramentas padronizadas deve ser usada para prever o risco em conjunto com a história clínica.

– Antes da idade corrigida de 5 meses, as ferramentas mais preditivas para detectar riscos são a ressonância magnética por idade do termo (86% – 89% de sensibilidade), o método de Prechtl para avaliação qualitativa dos movimentos gerais (98% de sensibilidade) e o exame neurológico infantil de Hammersmith (90% de sensibilidade).

– Após 5 meses de idade corrigida, as ferramentas mais preditivas para detectar riscos são a ressonância magnética (86% – 89% de sensibilidade), o exame neurológico infantil de Hammersmith (90% de sensibilidade) e a avaliação do desenvolvimento de jovens crianças DYAC (índice de C de 83%).

– A topografia e a gravidade da paralisia cerebral são mais difíceis de verificar na infância, e a ressonância magnética e o exame neurológico infantil de Hammersmith podem ser úteis na assistência às decisões clínicas.

– Em países de alta renda, 2 em cada 3 indivíduos com paralisia cerebral conseguirão caminhar, 3 em 4 conversar e 1 em 2 terá inteligência normal.

Segundo os pesquisadores, o diagnóstico precoce da paralisia cerebral começa com uma história médica e envolve o uso de neuroimagem e avaliações neurológicas e motoras padronizadas que indicam achados anormais congruentes. Médicos devem entender a importância de encaminhamento rápido para a intervenção precoce específica para prevenir complicações secundárias e aumentar o bem-estar dos pacientes.

Veja também: ‘Manejo da sialorreia em pacientes neurológicos’

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Novak I, Morgan C, Adde L, Blackman J, Boyd RN, Brunstrom-Hernandez J, Cioni G, Damiano D, Darrah J, Eliasson A, de Vries LS, Einspieler C, Fahey M, Fehlings D, Ferriero DM, Fetters L, Fiori S, Forssberg H, Gordon AM, Greaves S, Guzzetta A, Hadders-Algra M, Harbourne R, Kakooza-Mwesige A, Karlsson P, Krumlinde-Sundholm L, Latal B, Loughran-Fowlds A, Maitre N, McIntyre S, Noritz G, Pennington L, Romeo DM, Shepherd R, Spittle AJ, Thornton M, Valentine J, Walker K, White R, Badawi N. Early, Accurate Diagnosis and Early Intervention in Cerebral PalsyAdvances in Diagnosis and Treatment. JAMA Pediatr. 2017;171(9):897–907. doi:10.1001/jamapediatrics.2017.1689

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