Qual será o potencial da conexão 5G na área da saúde?

O 5G promete revolucionar a indústria de dispositivos inteligentes, em especial na área de saúde. Saiba mais no Portal PEBMED.

O 5G promete revolucionar a indústria de dispositivos inteligentes, em especial na área de saúde, com uma rápida transferência de dados e confiabilidade nas conexões.

Essa nova geração de tecnologia aumenta significativamente a velocidade, cobertura e capacidade de resposta das redes sem fio, que pode ser executada de 10 a 100 vezes mais rápido do que uma conexão celular 4G, e também aumentará a rapidez com que um dispositivo se conectará a rede com velocidades tão rápidas quanto um milissegundo para iniciar seu download ou upload.

Se hoje em dia os médicos estão usando videochamadas para diagnosticar doenças e prescrever medicamentos, especialmente em áreas onde pacientes imunocomprometidos não podem entrar em hospitais lotados devido a Covid-19, imagine o que o 5G poderá trazer de inovação para a medicina?

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5g

Como o 5G pode melhorar o atendimento online

Especialistas apontam que a nova geração de rede móvel vai introduzir mil novas oportunidades que variam de hospitais inteligentes e consultas remotas, até o uso da realidade aumentada em diagnósticos e cirurgias.

“Com o 5G conseguiremos ter uma melhoria muito grande nas comunicações e nas interações de telemedicina. Haverá um enorme potencial para cirurgias robóticas a distância, envio de imagens de exames diagnósticos, armazenamentos de quantidades muito maiores de informações de saúde, ganhos nas pesquisas clínicas e no uso de tecnologias preditivas de doenças”, afirmou o médico cirurgião Ricardo Salem, diretor de saúde da operadora Care Plus, em entrevista ao Portal PEBMED.

A expectativa é que os médicos utilizem processamento de linguagem natural para fazer anotações automaticamente durante uma visita e avaliações à distância durante procedimentos de emergência. E os pacientes serão beneficiados por um alto nível de cuidados de saúde, independentemente do lugar de onde estejam.

Também será possível avaliar pacientes em uma emergência antes que eles cheguem ao hospital, como, por exemplo, um acidente vascular cerebral (AVC) agudo, em que a pessoa necessita de atendimento especializado em até 15 minutos. Outro caso é a telecirurgia, que poderá ser executada em pacientes a quilômetros de distância do hospital e com movimentos simultâneos aos realizados pelo cirurgião conectado.

“O 5G será um divisor de águas e o grande equalizador para melhorar a saúde”, disse o médico Shafiq Rab, diretor de informações do Rush University Medical Center, em entrevista ao site britânico CNET.

Outra promessa é que a nova geração de rede móvel transforme os dispositivos em grandes aliados dos médicos, incluindo aparelhos vestíveis, implantes médicos e rastreadores, que serão ferramentas importantes para fornecer informações em tempo real do paciente para médicos.

Saúde mental

É preciso lembrar que a Covid-19 está indo embora, mas deixando um rastro de problemas econômicos, problemas no trabalho, morte de entes queridos, quadros ansiosos, de depressão e outros muitos problemas de saúde mental.
Com o 5G, a realidade virtual pode ser usada para recriar ambientes de consultórios médicos para que os pacientes se sintam mais à vontade durante exames virtuais de saúde mental.

“É menos estranho do que uma videochamada instável porque leva os pacientes a esse ambiente calmo. Torna-se o mais real possível porque você está imerso nele. Você faz parte do ambiente ao invés de apenas olhar para uma foto de um vídeo”, destacou Shafiq Rab.

Doze capitais brasileiras já estão aptas a receber novas redes 5G

A nova geração de internet móvel, que já funciona na Alemanha, na China, nos Estados Unidos e no Japão, promete ser mais rápida aqui no Brasil do que ocorreu com o 4G. As grandes cidades do país já deverão ter acesso à rede até julho deste ano e, então, a expansão digital vai seguir pelo interior.

“A chegada do 5G no Brasil precisa ser entendida de forma regionalizada e sub- setorizada, principalmente no caso da saúde. Os impactos para cirurgia robótica na alta complexidade, por exemplo, são diferentes do impacto gerado a partir da integração de um prontuário com soluções de interoperabilidade, para garantir o registro único ou unificado em saúde no Brasil na baixa e média complexidade. Temos que observar também o cenário regional, a realidade no interior de Rondônia é bem diferente da grande São Paulo, por exemplo. O que há em comum é fato de que para procedimentos que precisam de segmento contínuo, interoperabilidade e trânsito de grande quantidade de dados teremos muitos avanços”, pontuou o médico de família Fernando Uzuelli, que também é especialista em gestão de sistemas de saúde e head do Rita Saúde, em entrevista ao Portal PEBMED.

De acordo com o Ministério das Comunicações, 12 capitais brasileiras já estão aptas em termos de infraestrutura e legislação para receber a quinta geração da rede de internet: Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Natal, Palmas, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Aracaju e Boa Vista.

O prazo para o processo de adequação às leis do 5G segue até 2029, com a  fiscalização e regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que participará de todo o processo de transição da atual rede de antenas para o novo padrão.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED 

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