Quando os cistos de ovário devem ter follow-up?

Pesquisadores realizaram um estudo de caso para entender qual é o risco de câncer de ovário maligno associado a cistos simples de ovário.

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Quando o médico deve fazer o follow-up do paciente que apresenta cistos simples no ovário? Pesquisadores americanos realizaram um estudo de caso para entender qual é o risco de câncer de ovário maligno associado a esse tipo de cisto. Os resultados foram publicados no Journal of the American Medical Association (JAMA) em janeiro.

O estudo de caso-controle foi realizado com pacientes de um sistema integrado de saúde no estado de Washington (EUA). No total, 72.093 mulheres que foram submetidas a ultrassonografia pélvica entre janeiro de 1997 e dezembro de 2008. A análise foi concluída em abril de 2017. O desfecho primário foi câncer de ovário.

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cistos

Quando investigar cistos?

O achado mais comum nas ultrassonografias foi um cisto simples, encontrado em 12.957 mulheres com menos de 50 anos e em 2.349 mulheres com mais de 50 anos. No total, 210 mulheres foram diagnosticadas com câncer de ovário. Entre estas, 49 tinham menos de 50 anos e 161 tinham 50 anos ou mais. O risco de câncer foi maior entre as pacientes com cistos complexos ou massas sólidas

A chance de desenvolver câncer foi significativamente maior em pacientes com cistos complexos ou massas sólidas, entre 8 a 74 vezes mais risco; o risco em 3 anos variou de 9 a 430 casos por 1.000. Em mulheres com cisto simples (independentemente do tamanho), esse risco se aproximou de zero.

Conclusões

Segundo os autores, os resultados indicam que a aparência na ultrassonografia das massas no ovário está fortemente associada ao risco de câncer de ovário na mulher. Além disso, cistos simples não estão associados a um risco aumentado e, por isso, não precisam ser monitorados.

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Referências:

  • Smith-Bindman R, Poder L, Johnson E, Miglioretti DL. Risk of Malignant Ovarian Cancer Based on Ultrasonography Findings in a Large Unselected Population. JAMA Intern Med. 2019;179(1):71–77. doi:10.1001/jamainternmed.2018.5113

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