Paciente do sexo masculino, 62 anos, hipertenso e diabético, auxiliar de obras, apresenta há uma semana lesão intensamente pruriginosa. Vamos testar conhecimentos!
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1. Pergunta
Paciente do sexo masculino, 62 anos, hipertenso e diabético, auxiliar de obras. Apresenta há uma semana lesão intensamente pruriginosa. Refere contato com cimento há três dias.
Figuras 1a e 1b – múltiplas lesões lineares e tortuosas em membros inferiores. 
Crédito fotográfico: Renata Xavier de Lima Oliveira Qual o diagnóstico?
Correto
Resposta: Larva migrans cutânea.
Larva migrans cutânea (bicho-geográfico) é uma dermatozoonose causada por larvas de nematódeos que habitam os intestinos de gatos e cães, sendo o Ancylostoma brasiliensis a espécie mais comum.
Essa dermatose é endêmica em climas tropicais e subtropicais, embora também ocorra em países frios. A transmissão ocorre pelo contato com solo contaminado com fezes de animais.
A história epidemiológica, somada à “erupção rastejante” típica, permite o diagnóstico clínico: trata-se de uma trilha eritematosa, pruriginosa, tortuosa e migratória, geralmente em membros inferiores. O diagnóstico diferencial inclui reações a picadas de inseto, miíase, dermatofitose, eczema de contato e eritema crônico migratório.
A doença geralmente está confinada à pele e raramente resulta em casos graves. Entretanto, manifestações pulmonares e intestinais como a enterite eosiofílica e a síndrome de Löffler são eventos possíveis. O tratamento sistêmico com ivermectina ou albendazol oral é mais eficaz do que a terapia tópica.
Referências bibliográficas:
- Leung AK, Barankin B, Hon KL. Cutaneous larva migrans. Recent Pat Inflamm Allergy Drug Discov 2017.
- Ya-Li Gao, Ze-Hu Liu. Cutaneous Larva Migrans with Löeffler’s Syndrome Am J Trop Med Hyg. 2019 Mar;100(3):487-488.
- Lander M, Checkley AM, Walker SL. Cutaneous Larva Migrans Presenting with Folliculitis. Am J Trop Med Hyg.2020 May; 102(5): 919–920.
Incorreto
Resposta: Larva migrans cutânea.
Larva migrans cutânea (bicho-geográfico) é uma dermatozoonose causada por larvas de nematódeos que habitam os intestinos de gatos e cães, sendo o Ancylostoma brasiliensis a espécie mais comum.
Essa dermatose é endêmica em climas tropicais e subtropicais, embora também ocorra em países frios. A transmissão ocorre pelo contato com solo contaminado com fezes de animais.
A história epidemiológica, somada à “erupção rastejante” típica, permite o diagnóstico clínico: trata-se de uma trilha eritematosa, pruriginosa, tortuosa e migratória, geralmente em membros inferiores. O diagnóstico diferencial inclui reações a picadas de inseto, miíase, dermatofitose, eczema de contato e eritema crônico migratório.
A doença geralmente está confinada à pele e raramente resulta em casos graves. Entretanto, manifestações pulmonares e intestinais como a enterite eosiofílica e a síndrome de Löffler são eventos possíveis. O tratamento sistêmico com ivermectina ou albendazol oral é mais eficaz do que a terapia tópica.
Referências bibliográficas:
- Leung AK, Barankin B, Hon KL. Cutaneous larva migrans. Recent Pat Inflamm Allergy Drug Discov 2017.
- Ya-Li Gao, Ze-Hu Liu. Cutaneous Larva Migrans with Löeffler’s Syndrome Am J Trop Med Hyg. 2019 Mar;100(3):487-488.
- Lander M, Checkley AM, Walker SL. Cutaneous Larva Migrans Presenting with Folliculitis. Am J Trop Med Hyg.2020 May; 102(5): 919–920.
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9 fev. 2024 
2 min. 
