Mediante a suspeita de síndrome respiratória e no contexto clínico-epidemiológico vigente no período em Manaus, a Covid-19 consiste na principal hipótese diagnóstica principal, não podendo descartar outras doenças respiratórias como influenza e pneumonia bacteriana. Dentre os exames solicitados, o exame de elementos e sedimentos anormais da urina é o menos significativo para o caso clínico. Pode-se questionar também a necessidade de realização da quantificação de D-dímeros como conduta inicial, mas não está incorreto solicitar nessa etapa de avaliação do quadro.

No momento da espera do resultado dos exames, o paciente deve ficar sob observação clínica frente a possibilidade de deterioração clínica respiratória rápida em caso de Covid-19, e deve fornecer ao paciente suplementação de oxigênio por cateter nasal, alívio do broncoespasmo com broncodilatador, e antitérmico endovenoso.

A prescrição de hidroxicloroquina associada a azitromicina empírica pode aguardar os resultados de hemograma, PCR e radiografia de tórax para avaliação de possível Covid-19 e exclusão de outras hipóteses diagnósticas. É importante ressaltar que o início e/ou o uso da hidroxicloroquina não consiste em um consenso entre os protocolos institucionais, mas é autorizado pelo Ministério da Saúde (Nota informativa no. 5/2020-DAF/SCTIE/MS publicada em 27/03/2020) como terapia adjuvante no tratamento das formas graves em pacientes hospitalizados.

A solicitação de tomografia computadorizada de tórax é realizada em caso de necessidade de esclarecimento e complementação dos achados na radiografia de tórax.