Caso clínico: Urgência hipertensiva na gestação

Gestante comparece ao pronto atendimento. Confira o caso clínico completo e teste seus conhecimentos em GO e especialidades relacionadas.

Secundigesta com um parto cesárea anterior, 24 anos, 31 semanas de gestação, é trazida ao pronto atendimento pela família devido a aumento da pressão arterial. Refere que nos últimos dias a pressão arterial estava mais elevada e foi solicitado monitorização domiciliar.

Paciente nega:

  • Sintomas clínicos ou obstétricos;
  • Cefaleia, alterações visuais e epigastralgia;
  • Ser hipertensa previamente ou possuir qualquer outra comorbidade;
  • Vícios e alergias. Refere uso apenas de polivitamínico da gestação.

Ao exame

  • Bom estado geral;
  • Pressão arterial: 160 x 120 mmHg;
  • Frequência respiratória: 18 irpm;
  • Frequência cardíaca: 90 bpm.
  • Ausculta cardíaca e respiratória dentro da normalidade .

Abdome

  • Altura uterina: 32 cm, atividade uterina ausente, ausculta fetal de 150 bpm, sem desacelerações.  

Toque vaginal

  • Colo posterior, longo, amolecido, impérvio.
Quiz 1/

Diante do caso clínico, qual a conduta imediata mais adequada:

Comentários

O sulfato de magnésio é o anticonvulsivante de escolha a ser ministrado quando há risco de convulsão, situação inerente aos quadros de pré-eclâmpsia com sinais de deterioração clínica e/ou laboratorial, iminência de eclâmpsia, eclâmpsia, síndrome HELLP e hipertensão de difícil controle.

Pressão arterial sistólica ≥160 mmHg e/ou PA diastólica ≥110 mmHg, mesmo na ausência de sintomas, indica a profilaxia de convulsão com sulfato de magnésio.

Hipotensores de ação rápida (hidralazina): evita-se a redução abrupta e excessiva da pressão arterial pelo risco de acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio, insuficiência renal aguda e hipóxia fetal. A meta deve ser a redução da pressão arterial de 15% a 25% na primeira hora. O uso de hidralazina deve ser feito após início do sulfato de magnésio e manutenção de valores pressóricos elevados.

Hipotensores de manutenção por via oral (metildopa): devem ser prescritos após estabilização dos níveis pressóricos.

Os medicamentos da classe IECA são contraindicados na gravidez.

Observação

início do sulfato de magnésio deve ser imediato e não se deve aguardar a transferência para maternidade de origem.

Referência bibliográfica:

  • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 692 p. : il.

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