Rastreabilidade em CME: o que é e por que devemos fazer?

A rastreabilidade tem adquirido grande importância por permitir traçar a história, aplicação, uso e localização de um artigo para a saúde.

O conceito de rastreabilidade tem adquirido grande importância nos últimos anos por permitir traçar a história, aplicação, uso e localização de um artigo para a saúde. Isso garante a qualidade do processo como um todo e fortalece a relação de confiança entre o paciente e as instituições de saúde.

Martins e Ribeiro (2017) definem a rastreabilidade como a capacidade de esquematizar a linha histórica de todo o processamento dos produtos para saúde (PPS) e de sua utilização através de informações antecipadamente registradas, por meio de um sistema de informação que pode ser manual ou automatizado, de todas as etapas de limpeza, desinfecção e/ou esterilização.

Leia também: Quais ações de enfermagem sobre os pacientes neurocríticos?

A rastreabilidade nos proporciona a segurança de que apenas artigos processados adequadamente e de origem conhecida terão contato com o paciente, além de auxiliar na identificação de artigos como danificados com grande segurança e agilidade.

Segundo Possari (2010) a rastreabilidade pode ser dividida em logística e qualitativa, sendo a primeira relacionada à identificação da localização do material, sua origem, destino e necessidade de recall. Já a segunda está pautada em descobrir desvios e falhas qualitativas e onde é possível intervir.

Rastreabilidade em CME: o que é e por que devemos fazer?

Rastreabilidade em CME

Quando falamos de CME e rastreabilidade, estamos falando de qualidade atrelada ao processo, estabelecendo padrões, avaliando as conformidades e podendo agir quando necessário para buscar melhorias. Além disto, o usuário já politizado deseja transparência e quer compreender a origem dos artigos para saúde utilizados em seu tratamento.

Perroni (2010) também afirma que realizar a rastreabilidade no CME de maneira eficaz, integrada e em tempo real garante respaldo legal as instituições de saúde, que por sua vez devem cumprir as exigências contidas na resolução especial (RE) nª 2606, de 11/08/2006 artigo 2ª.

Gaziano, Silva e Psaltikidis (2011) afirmam que a informatização da rastreabilidade é a forma mais prática e segura de realizar este processo, sendo o uso de código de barras aplicado tanto aos instrumentos quanto as caixas, uma maneira de realizar o monitoramento dos itens e sua circulação, obter relatórios de consumo e poder correlacionar às informações em casos de notificação de infecção associada ao sitio cirúrgico.

Saiba mais: Estresse e a equipe de enfermagem em centro cirúrgico

Segundo Fernandes e Et al (2022), a implementação da rastreabilidade também é um processo de educação continuada interna já que conta com o fator humano para sua execução e interpretação dos dados obtidos.

Mensagem final

O engajamento e o treinamento contínuo na CME são de extrema importância para um processo de rastreabilidade bem sucedido e seguro, trazendo ainda mais qualidade para o suporte e assistência de enfermagem. Para Cividini (2019) a educação do colaborador na instituição deve ser um método que o torne apto a realizar adequadamente suas atividades e também o deixe preparado para possíveis oportunidades de plano de carreira, através de novos conhecimentos.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Fernandes Silva T; et al. Implementação de processo de identificação e rastreio do material processado em um centro de material e esterilização. HRJ [Internet]. 6º de janeiro de 2022.
  • Cividini FR. Estratégias de ensino e treinamento em centro de material e esterilização: revisão integrativa. Var. Sci. - Ci. Saúde [Internet]. 30º de dezembro de 2019.
  • Martins F, Ribeiro M. Implantação e uso de sistema de rastreabilidade automatizado em central de materiais e esterilização. Revista SOBECC [Internet]. 2017.
  • Graziano KU, Silva A; Psaltikidis EM. Enfermagem em Central de Material e Esterilização. Barueri, SP: Manole, 2011.
  • Possari JF. Centro de Material e Esterilização: Planejamento, Organização e Gestão. 4ª Edição. Rev. Atual e ampl. São Paulo: Iátria, 2010.

Especialidades