Rastreamento de câncer de tireoide ou de tiroide?

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Recentemente a US Preventive Service Task Force (USPSTF) revisou as evidências prós e contras do rastreamento de câncer de tireoide em pacientes assintomáticos e concluiu que há mais prejuízos do que benefícios em realizá-lo de rotina. A USPSTF se posicionou contra o rastreamento para câncer de tireoide em indivíduos assintomáticos (recomendação D), tanto pela palpação quanto pela ultrassonografia cervical.

Vale a pena reforçar que esta recomendação não é válida para pacientes sintomáticos (rouquidão, dor, disfagia, ou outros sintomas relacionados), para aqueles com alterações de exame físico da região cervical ou para as pessoas com risco aumentado de câncer de tireoide (como em casos de história de exposição à radiação em região cervical, antecedente familiar de síndromes genéticas associadas ao câncer de tireoide ou se houver parentes de primeiro grau com história de câncer de tireoide).

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Na suspeita clínica ou em risco aumentado de câncer de tireoide, a investigação deve ser realizada. O artigo foi publicado, em maio de 2017, pelo periódico JAMA. Está bem estabelecido que a detecção de câncer de tireoide aumentou nos últimos anos, porém não houve alteração da taxa de mortalidade pelo tumor.

Tireoide ou tiroide: qual é a ortografia correta?

A ortografia da palavra que define esta importante glândula no pescoço (“tireoide” ou “tiroide”) é considerada controversa até para os médicos endocrinologistas. Em 2004, foi até publicado um artigo editorial, na revista “Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia” sobre este debate e em seguida, uma carta ao editor, debatendo a origem etimológica desta controversa.

De 2004 para cá, a dúvida de qual termo deve ser usado ainda comumente se mantém. Para esfriar esta polêmica, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, quinta edição, 2009, ambos os vocábulos “tireoide” e “tiroide” coexistem pacificamente entre os 381 mil verbetes.

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No entanto, algo que muitos ainda não se habituaram ou nem sabem que ocorreu é que a Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa, oficializada em 2009, definiu que tanto as palavras tireoide ou tiroide deixaram de ter acento agudo. As palavras paroxítonas com os ditongos abertos ói e éi perderam o acento.

Assim, não somente “tireóide” ou “tiróide”, outras palavras que seguem a mesma regra também perderam o acento. Agora todos precisam se habituar a escrever ideia, assembleia, boia, estreia, joia e plateia; todas sem ter mais o acento agudo!

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Referências:

  • Kater C. Tiróide ou tireóide? Sobre escudos, queijos e … borboletas! Arq Bras Endocrinol Metab. 2004; 48(1):1-5.
  • Rezende JM. Tiróide, tireóide. Arq Bras Endocrinol Metab. 2004; 48(3):432-4.

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