Relação do consumo moderado de vinho e as doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Existem estudos que mostram que o consumo moderado de vinho reduz o risco de morte.

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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Estima-se que 31% das mortes correspondem a essas enfermidades. Diante destes dados, sabe-se que a maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio de mudanças de estilo de vida.

Há muitos estudos publicados que mostram que o consumo moderado de vinho reduziu o risco de morte por qualquer causa. Isso acontece quando estes são comparados aos indivíduos abstêmios. A diferença é ainda mais expressiva quando são avaliados os óbitos por doença coronariana.

“Estudos epidemiológicos apoiam fortemente que esses dados referem-se apenas ao vinho, especialmente o tinto, e não outras bebidas alcoólicas. Acredita-se que os constituintes bioativos do vinho tinto, como os polifenóis, conferem efeitos cardioprotetores, ou ainda que o equilíbrio do álcool com os polifenóis do vinho, em conjunto seria responsáveis pelos efeitos benéficos”, diz a nutricionista Juliana Kato, doutoranda do setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular da disciplina de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo e especialista em Nutrição em Cardiologia pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

A recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) é que o consumo de etanol deve ocorrer de forma moderada, ou seja, 30 ml etanol/dia para homens e 15 ml/dia de etanol para mulheres. Em relação ao consumo de vinho, temos em torno de duas taças para homens (200 ml) e uma taça para mulheres (100 ml).

Benefícios do consumo de vinho e do suco de uva

Além do vinho, estudos comprovam que o suco de uva também apresenta benefícios para a saúde cardiovascular. “O vinho tinto e o suco de uva integral possuem mais compostos bioativos, como o resveratrol. Essa substância é encontrado na casca das uvas. O suco integral é sempre tido como o mais saudável, quando comparado ao néctar e refrescos. Eles têm em sua composição apenas ingredientes naturais presentes nas próprias frutas, além de não conterem aromatizantes, corantes artificiais e açúcar”, explica Juliana Kato.

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Estudos recentes também demonstraram que o resveratrol suprime a indução do fator tecidual pró-coagulante, um dos principais componentes responsáveis pela alta mortalidade por doença cardiovascular.

Suco de uva integral para crianças?

A American Academy of Pediatrics publicou um estudo em 2017 com uma recomendação que desencoraja o consumo de sucos para bebês menores que um ano de idade. Isso acontece pois o seu alto consumo pode aumentar o risco de problemas dentários e favorecer o excesso de peso.

“Entretanto, para as mães que desejam incluir o suco de uva integral na alimentação das crianças de um a seis anos de idade, podemos sugerir a elas que façam a diluição desse suco com água, para que se torne mais palatável e menos calórico”, afirma a nutricionista Juliana Kato.

Ainda segundo o estudo, os pediatras devem apoiar políticas que visam reduzir o consumo de suco de frutas e promover o consumo de frutas inteiras por crianças pequenas e já expostas a sucos. Esse apoio deve incluir políticas do Programa Especial de Nutrição Suplementar para Mulheres, Bebés e Crianças (WIC), desde que essas políticas não tenham consequências nutricionais negativas para crianças sem acesso a fruta fresca.

 

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