Retinógrafo portátil permite diagnosticar doenças oculares à distância

Criado pela Phelcom Technologies, o Eyer é o primeiro retinógrafo portátil com qualidade de equipamento de mesa.

Um aparelho portátil ligado a um smartphone produz imagens precisas da retina, permitindo detectar doenças do fundo do olho a um custo bem mais baixo do que os métodos convencionais.

Criado pela Phelcom Technologies, o Eyer é o primeiro retinógrafo portátil com qualidade de equipamento de mesa. O equipamento consegue possibilitar o diagnóstico por telemedicina, um benefício a mais em tempos de pandemia.

Usando a tecnologia que já existe e equipamentos que a maioria das pessoas já possui em casa, a telemedicina pode gerar diagnósticos e tratamentos mais rápidos, aumentando a eficiência nos atendimentos, reduzindo o estresse do paciente e a grande demanda de pessoas, no sistema público de saúde.

“No caso de doenças oftalmológicas, alguns diagnósticos podem ser realizados através do Eyer, um aparelho de alta tecnologia, integrado ao smartphone, que permite a realização de exames, automaticamente sincronizados com a internet, habilitando diagnósticos remotos”, explica Caio Regatieri, oftalmologista e sócio-proprietário da Videomedic, software de gestão e atendimento médico em planos de saúde.

Funções inteligentes

O Eyer possui funções inteligentes que auxiliam o diagnóstico médico, capturando a foto do fundo de olho, com alto nível de detalhes, facilitando o compartilhamento e o acesso aos dados dos exames, na nuvem. É possível realizar exames de retina, sem a necessidade de dilatação da pupila, em qualquer lugar do mundo, com conforto e rapidez.

Na frente da câmera do celular, fica um conjunto óptico projetado para iluminação e imageamento da retina. Quando as imagens são produzidas, o aplicativo que opera o aparelho as envia pela internet para um sistema web, chamado de Eyer Cloud, que permite armazenar e gerenciar os exames dos pacientes.

Caso não haja acesso a Wi-Fi ou rede 3G ou 4G no momento do exame, as imagens ficam salvas no aparelho e são enviadas para a nuvem assim que houver conexão com a internet.

“Qualquer profissional da saúde, desde que seja treinado, poderá realizar exames de retina de alta qualidade, em menos de um minuto. Em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por exemplo, que não tenha a especialidade de oftalmologia, a própria enfermagem ou o clínico médico poderá realizar o exame e enviar para outra unidade, que tenha a especialidade. O diagnóstico é realizado à distância e o problema é resolvido rapidamente. Se for algo mais grave, o paciente já será encaminhado ao especialista, imediatamente”, esclarece Caio Regatieri.

Leia também: Ultrassom ocular point-of-care pode identificar descolamento de retina

Produção e custos

O Phelcom Eyer alcançou a marca de 100 mil exames realizados. O equipamento foi lançado no mercado há apenas um ano e quatro meses.

O dispositivo já sai da fábrica acoplado a um smartphone de última geração e custa cerca de US$ 5 mil. O aparelho convencional mais usado atualmente precisa ser ligado a um computador e custa em média R$ 120 mil.

Os exames de segmento anterior e retinografia colorida são os mais realizados atualmente. “Cerca de 850 profissionais utilizam a tecnologia e há aproximadamente 90 mil pacientes cadastrados na nossa plataforma on-line, o Eyer Cloud”, conta José Augusto Stuchi, cofundador e CEO da Phelcom, José Augusto Stuchi.

A expectativa é produzir 200 mil exames até metade de 2021.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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