Retinopatia diabética: qual é o melhor tratamento para regressão?

Pesquisadores compararam da eficácia da fotocoagulação panretiniana versus fotocoagulação panretiniana mais injeção intravítrea de ranibizumabe.

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Em novo estudo, pesquisadores compararam a eficácia da fotocoagulação panretiniana versus fotocoagulação panretiniana mais injeção intravítrea de ranibizumabe na regressão da área de neovascularização em indivíduos com retinopatia diabética. Os resultados foram publicados em maio na revista Ophthalmology.

Para esse estudo prospectivo, 87 adultos (idade média de 55,2 anos; 37% eram mulheres) com diabetes tipo 1/2 e retinopatia diabética proliferativa de alto risco foram randomizados (1:1) para:

  • Receber fotocoagulação panretiniana + injeções intravítreas de ranibizumabe (três injeções mensais de 0,5 mg).
  • Monoterapia com fotocoagulação panretiniana (tratamento padrão entre o dia 1 e o mês 2).

O desfecho primário foi a regressão total da retinopatia diabética, definida como qualquer diminuição na área de neovascularização do baseline até o mês 12. Os desfechos secundários incluíram alterações da acuidade visual, tempo até a regressão da neovascularização, recorrência da neovascularização, alterações na espessura da retina, necessidade de tratamento do edema macular diabético, necessidade de vitrectomia e complicações.

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estetoscópio pendurado no pescoço do médico

REGRESSÃO DA RETINOPATIA DIABÉTICA: RESULTADOS

No mês 12, 92,7% dos participantes do grupo fotocoagulação panretiniana +  ranibizumabe apresentaram redução da neovascularização versus 70,5% dos participantes em monoterapia com fotocoagulação panretiniana (P = 0,009).

Regressão total da retinopatia foi observada em 43,9% no grupo fotocoagulação panretiniana + ranibizumabe versus 25,0% no grupo de monoterapia com fotocoagulação panretiniana (P = 0,066). No mês 12, a acuidade visual corrigida (BCVA) média foi de 75,2 letras (20/32) no grupo fotocoagulação panretiniana +  ranibizumabe versus 69,2 letras (20/40) no grupo de monoterapia com fotocoagulação panretiniana (P = 0,104).

No grupo fotocoagulação panretiniana +  ranibizumabe, o número médio de tratamentos com fotocoagulação ao longo do mês 12 foi de 3,5 ± 1,3; no grupo de monoterapia foi de 4,6 ± 1,5 (P = 0,001). Nenhuma morte ou evento adverso inesperado foi relatado.

Pelos achados, os pesquisadores concluíram que o tratamento para retinopatia diabética proliferativa de alto risco com fotocoagulação panretiniana é mais eficaz quando combinado a injeções intravítreas de ranibizumabe.

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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Figueira J, Fletcher E, Massin P, et al; EVICR.net Study Group. Ranibizumab Plus Panretinal Photocoagulation versus Panretinal Photocoagulation Alone for High-Risk Proliferative Diabetic Retinopathy (PROTEUS Study). Ophthalmology. 2018;125:691-700.

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