Risco tromboembólico no Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

Paciente com lúpus eritematoso sistêmico (LES) apresentam maior risco de fenômenos tromboembólicos, tanto arteriais como venosos.

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Paciente com lúpus eritematoso sistêmico (LES) apresentam maior risco de fenômenos tromboembólicos, tanto arteriais como venosos. O risco estimado é de 5-8% para eventos arteriais e 3-10% para venosos em até 5 anos após o diagnóstico. Na reumatologia, os métodos de diagnóstico e tratamento estão bem estabelecidos, mas persiste uma grande dúvida: há um grupo de pacientes para os quais haja uma estratégia profilática? Até o momento, a resposta é “não se tem certeza”.

O processo coagulação-inflamação está intrinsecamente relacionado no LES. Uma publicação recente reviu os principais mecanismos fisiopatológicos e recomendamos a leitura do texto completo:

  • Aterosclerose acelerada;
  • Anticorpos antifosfolipídeos;
  • Disfunção endotelial;
  • Ativação plaquetária e neutrofílica (leia-se, inflamação e citocinas);
  • Disfunção na cascata de coagulação (como exemplo, cita-se um grupo de autores que propõe que a deficiência de proteína C ativada seja um dos critérios de SAAF).

Leia mais: Manejo do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES): veja os keypoints da nova diretriz

Os autores dessa revisão sugerem o uso do escore GAPSS (the Global Anti-Phospholipid Syndrome Score) como base para estratificação do paciente de alto risco. No estudo original, um GAPSS de 10 apresentou maior acurácia (73%) para o diagnóstico de fenômenos tromboembólicos. O escore é composto de:

  • Dislipidemia (3 pontos);
  • Hipertensão arterial sistêmica (1 ponto);
  • Anticardiolipina IgG ou IgM (5 pontos);
  • Anti-beta-2-glicoproteína I (4 pontos);
  • Anticoagulante lúpico (4 pontos);
  • Phosphatidylserineprothrombin complex (aPS/PT) (3 pontos).

E na prática?

Atualmente, é recomendado que se faça o rastreio dos anticorpos por ocasião do diagnóstico de LES, para fins de estimativa de risco. Mas não há indicação de tratamento como prevenção primária, isto é, sem trombose arterial, venosa ou complicação obstétrica.

Referências:

  • https://academic.oup.com/rheumatology/article-abstract/58/6/940/5149716?redirectedFrom=fulltext
  • https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25196808
  • https://pebmed.com.br/sindrome-do-anticorpo-antifosfolipideo-voce-sabe-como-manejar/
  • https://academic.oup.com/rheumatology/article-abstract/58/6/940/5149716?redirectedFrom=fulltext

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