Sarampo: nova campanha de vacinação acontece até novembro

Devido ao surto que está acontecendo no Brasil este ano, começa hoje, dia 7, uma nova campanha de vacinação contra o sarampo.

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Devido ao surto que está acontecendo no Brasil este ano, começa hoje, dia 7, uma nova campanha de vacinação contra o sarampo. Segundo o Governo Federal, mais de 5.400 casos a doença foram confirmados, além de seis óbitos – quatro em bebês com menos de um ano. Por isso, a campanha será dividida em duas etapas: de 7 a 25 de outubro com foco em crianças de seis meses a cinco anos, e de 18 a 30 de novembro para jovens de 20 a 29 anos.

Segundo o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva, a prioridade para a população jovem acontece porque, como podem não ter recebido a segunda dose da vacina tríplice viral, os filhos apresentam um sistema imunológico mais vulnerável às doenças cobertas por essa vacina (sarampo, caxumba e rubéola).

Os dias “D” das duas etapas da campanha acontecerão nos dias 19 de outubro e 30 de novembro, respectivamente. Os objetivos da ação são aumentar a cobertura vacinal nos estados que apresentam as menores taxas: Pará (76%), Amapá (77%), Bahia (80%) e Maranhão e Piauí (83%), além de tentar frear o surto em São Paulo, que apresenta 97% dos casos até o momento.

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Outra ação também está programada para 2020 e deve incluir as pessoas de 50 a 59 anos. O Governo entende que os idosos com mais de 60 anos não precisam de reforço da vacina porque ou já tomaram uma dose ou já tiveram contato com o vírus (principalmente aqueles que viveram nos anos 70, quando a doença era muito prevalente).

Vacinação na rede pública

Além da campanha, a imunização por meio dos postos do Sistema Único de Saúde (SUS) continua funcionando conforme definido pelo calendário nacional de vacinação: duas doses da tríplice viral para pessoas de 12 meses a 29 anos.

Além disso, o Governo também incluiu uma dose zero extra da tríplice, quando o surto começou, para crianças de seis a 11 meses.

Outros casos em que a vacina é oferecida gratuitamente:

  • Crianças com menos de cinco anos não vacinadas ou com apenas uma dose;
  • Profissionais de saúde que atendem pacientes com sintomas respiratórios, não vacinados ou com cartão incompleto;
  • Pessoas de cinco a 29 anos não vacinadas ou com cartão de vacinação incompleto;
  • Pessoas de 30 a 49 anos não vacinadas.

Sobre o sarampo

Causada pelo paramixovírus, o sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa, atingindo muito mais a população infantil. É grave, pois pode evoluir com complicações que podem levar a óbito. As principais manifestações clínicas são febre alta (TAX ≥38,5°C), exantema maculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik.

A identificação da doença comumente é feito laboratorialmente com a detecção de anticorpos IgM específicos para o paramixovírus (sensibilidade 83 a 89%; especificidade 95 a 99%), mas podem ser usados outros métodos para que o diagnóstico seja fechado o mais rápido possível.

Veja mais: Sarampo: saiba mais sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dessa doença

O tratamento deve ser de suporte: prevenir a desidratação, tratar possíveis deficiências nutricionais e estar alerta para detectar precocemente infecções bacterianas secundárias à doença, como otite e pneumonia. Além disso, doses altas de vitamina A têm ajudado a reduzir a mortalidade e as complicações em países em desenvolvimento como o Brasil.

Por não ter uma medicação específica, a vacinação com a tríplice viral é extremamente importante, já que é a única maneira de prevenção contra a doença, por isso, reforçar esta orientação aos pacientes nunca é demais.

Surtos da doença

O Brasil era um dos países que possuía o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, concedido em 2016 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Os surtos anteriores aconteceram em 2013 e 2014 em estados específicos do país, Pernambuco e Ceará, respectivamente.

Entre 2016 e 2018 nenhum caso foi registrado no país, porém, desde o ano passado, quando se iniciaram surtos no Amazonas e Roraima, o número de registros da doença cresceu rapidamente, principalmente em São Paulo, onde em apenas 11 dias foram mais de 600, e estados do Norte e Nordeste.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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