Simpósio Brasileiro de Covid-19: quando esperar arritmias na Covid-19?

As arritmias são bastante temidas na Covid-19, principalmente quando os pacientes então em uso medicamentos, como a hidroxicloroquina.

Sabemos que o sistema cardiovascular é um dos alvos da Covid-19, tanto por descompensar doenças pré-existentes, quanto por alterações cardiovasculares agudas da própria doença. As arritmias são bastante temidas neste cenário, principalmente quando os pacientes então em uso medicamentos, como a hidroxicloroquina.

Durante o Simpósio Brasileiro de Covid-19, realizado dia 26, online, uma palestra, do Dr. Vinicio Elias abordou a temática e vamos compartilhar os principais pontos com vocês.

eletrocardiograma de paciente com arritmias na covid-19

Covid-19 e a doença cardiovascular

Inicialmente, o palestrante esclareceu os diversos mecanismos fisiopatológicos que justificam as alterações cardiovasculares na Covid-19, dentre eles:

  • Injúria miocárdica direta;
  • Inflamação sistêmica;
  • Desequilíbrio entre demanda e suprimento de O2;
  • Aterotrombose e processos microcirculatórios;
  • Alterações neuro-humorais;
  • Distúrbios eletrolíticos;
  • Efeitos adversos de fármacos.

Na literatura, já encontramos diversos artigos que evidenciam a interação entre o SARS-CoV-2 e o sistema cardiovascular. Dentre eles, um artigo chinês (Liu K et al. Chin Med J 2020), que mostrou em uma população de 137 de pacientes, um registro de 7,5% de queixa de palpitação. Em um estudo italiano (Baldi et al NEJM 2020), observou-se um aumento de PCR fora do hospital em 58% ao se comparar 40 dias do ano de 2020 versus o mesmo período em 2019.

Vamos citar também um estudo publicado recentemente no NEJM, já discutido, no portal, em que foram analisados 96.032 pacientes e observou-se aumento de arritmias nos que receberam a hidroxicloroquina.

Quando esperar arritmias na Covid-19?

O palestrante concluiu ressaltando que há uma ocorrência acima de 3% de arritmias na Covid-19, sendo mais frequente em determinados cenários: injúria miocárdica (11,5%); cuidados em terapia intensiva (44,4%); drogas com potencial arritmogênico (8,1%). Por fim, ele ressaltou que a assistolia é o ritmo mais frequente de parada cardiovascular (89,5%).

Veja também: Simpósio Brasileiro de Covid-19: PCR no paciente pronado

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