Suporte pós-extubação para prematuros: qual a melhor técnica de ventilação mecânica?

Várias técnicas de suporte respiratório estão disponíveis para minimizar o uso de ventilação mecânica invasiva em recém-nascidos prematuros.

Várias técnicas de suporte respiratório estão disponíveis para minimizar o uso de ventilação mecânica invasiva (VMI) em recém-nascidos (RN) prematuros. Não se sabe se a ventilação oscilatória de alta frequência  não invasiva (VOAFNI) é mais eficaz do que a pressão positiva contínua nas vias aéreas (NCPAP) ou a ventilação com pressão positiva intermitente nasal (VNIPP) em prematuros após a primeira extubação.

Saiba mais: Estudo compara o uso de CNAF versus CPAP pós-extubação em pacientes pediátricos

ventilação mecânica

Estudo

Um estudo publicado em abril deste ano teve como objetivo testar a hipótese de que a VOAFNI é mais eficaz do que NCPAP ou VNIPP na redução da VMI após a extubação e até a alta em prematuros em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

Este ensaio clínico multicêntrico, randomizado e cego para avaliadores, foi realizado em 69 UTIN terciária de referência na China, recrutando 1.440 RN prematuros de dezembro de 2017 a maio de 2021. Foram incluídos pacientes com idade gestacional de 25 semanas a 32 semanas e seis dias. Os RN prontos para serem extubados foram randomizados para receber NCPAP, VNIPP ou VOAFNI. Os dados foram analisados ​​com base na intenção de tratar. Esses suportes foram iniciados após a primeira extubação e durou até a alta.

Os desfechos primários foram a duração total da VMI, necessidade de reintubação e dias sem ventilação.

A duração da VMI foi maior na VNIPP (diferença média 1,2 dias) e NCPAP (diferença média 1,5 dias) comparado com VOAFNI. Os RN que foram tratados com NCPAP precisaram de reintubação com mais frequência do que aqueles que foram tratados com VNIPP (diferença de risco: 8,1%) e VOAFNI (diferença de risco 12,5%). Houve menos dias sem ventilação em RN tratados com NCPAP do que naqueles tratados com VPPNI (diferença média -3).

Não houve diferenças entre os resultados secundários de eficácia ou segurança, exceto para o uso de corticosteroides pós-natais (menor em VOAFNI do que no grupo NCPAP; diferença de risco, 7,3%), ganho de peso semanal (maior em VOAFNI do que no grupo NCPAP; diferença média, -0,9 g/dia) e duração da intervenção do estudo (menor em VOAFNI do que em VPPNI grupo; diferença mediana −1 dia).

Os resultados deste estudo indicaram que a VOAFNI , se usada após a extubação e até a alta, reduziu ligeiramente a duração da VMI em RN prematuros, e tanto a VOAFNI quanto a VPPNI resultaram em menor risco de reintubação do que a NCPAP. Todas as três técnicas de suporte respiratório foram igualmente seguras para esta população de pacientes.

Por fim, os achados deste estudo indicam que VOAFNI e VNIPP em RN oferecem uma pequena vantagem na redução da necessidade de suporte respiratório invasivo quando usado desde a extubação até a alta.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Zhu X, Qi H, Feng Z, et al. Noninvasive High-Frequency Oscillatory Ventilation vs Nasal Continuous Positive Airway Pressure vs Nasal Intermittent Positive Pressure Ventilation as Postextubation Support for Preterm Neonates in China. JAMA Pediatr. Published online April 25, 2022. doi:10.1001/jamapediatrics.2022.0710 

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